tag:blogger.com,1999:blog-15269592241126741492024-03-18T19:54:09.227-07:00Outras economias acontecemLuciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-38091092908032266932010-05-02T19:11:00.000-07:002010-05-03T04:54:04.877-07:00De Marx ao Ecossocialismo - Michael Lowy<div style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.03cm; text-align: justify; text-indent: 1.16cm;"></div><div style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.03cm; text-align: justify; text-indent: 1.16cm;"><span style="font-size: large;">Esta reflexão, de Michael Lowy, tem como ponto de partida o fenômeno da racionalização, já analisada por Max Weber. Apresenta sua argumentação a partir de três aspectos do processo de racionalização que caracteriza as sociedades capitalistas modernas, sugere que esta análise também cabe ao modelo de socialismo adotado pelo Leste Europeu.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">O primeiro aspecto esta relacionado com a racionalidade como finalidade – uso de meios racionais para alcançar objetivos que nada têm de racional e, que tem sua expressão institucionalizada aparece na forma ideal-típica da burocracia, ou da racionalidade instrumental – conceito Frankfurtiano para definir as formas mais acentuadas das irracionalidades aplicadas pelas administração racional burocrática, como exemplo cita o genocídio.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Fora dos extremos da racionalização existe a “lógica do funcionamento 'normal' da economia capitalista e das instituições burocráticas” que combinam a “racionalidade parcial com a irracionalidade global”, assinalada por Ernest Mandel.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">O segundo ponto é a separação entre o econômico, o social, o político e o cultural o que gera uma “diferenciação e autonomização”. A economia de mercado 'encaixada' na sociedade, como um sistema 'auto-regulado' e que 'escapa de qualquer controle social, moral ou político'. No qual o “espírito de cálculo racional”, ou seja, a tendência da quantificação, aparece como forma determiante. Os aspectos qualitativos, éticos, sociais ou naturais são desconsiderados pelos valores quantitativos que segundo Michael Lowy é a expressão da “dominação total do valor de troca das mercadorias e na monetarização das relações sociais”.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">O autor apresenta o ponto de vista de A. Mitzman que segue a “lógica dessa racionalização mutilada” (…) e aponta que qualquer critério que seja incompatível com a perseguição do lucro máximo (meio ambiente, bem estar do trabalhador, futuro humano), aparece como 'freio ao progresso' ou 'qualificado como sentimental', ambos oposto ao racionalismo. </span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">O terceiro aspecto, apontado por Lowy, são os defensores deste “processo racional de perseguição do lucro máximo” que estão representados nas agências internacionais como Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, que impõem esse processo a todos os países do planeta, causando o efeito de globalização de um modelo de dominação pelo mercado.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Entretanto, como ressalta Michael Lowy, este modelo de civilização capitalista /industrial já recebia criticas dos românticos da segunda metade do século XVIII. Estes protestaram contra a “quantificação, a mecanização e o desencantamento do mundo em nome de valores culturais, sociais, éticos” do pré capitalismo.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Cita a obra Tempos difíceis de Cherles Dickens, na qual descreve uma cidade industrial, degradada, poluída, e tem a natureza totalmente apartada.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.83cm; margin-right: 0.5cm; text-align: justify; text-indent: 0.77cm;"><span style="font-size: large;">“</span><span style="font-size: large;">As altas chaminés, 'lançando no ar seus turbilhões envenenados', escondiam o céu e o sol (…). Os que tinham 'sede de um pouco de ar puro', que desejavam ver uma paisagem verdejante, árvores, pássaros, a abóbada brilhante do céu azul, eram obrigados a deslocar-se alguns quilômetros por estradas de ferro e passear nos campos.” </span><span style="font-size: large;">(Michael Lowy)</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Michael Lowy chama atenção para o fato de que a visão romântica no decorrer da história aproximava-se da ideia de “paraíso perdido” e nas comunidades orgânicas pré-modernas assumiu formas, ora passadistas e retrógradas, ora utópicas e revolucionárias”. Para o autor isso não significava uma volta ao passado, mas sim um “desvio do passado em direção ao futuro”. Cita </span><span style="font-size: large;"><i>Pierre Leroux, William Morris, Herbert Marcuse</i></span><span style="font-size: large;">, como percussores da ideia de que a “utopia futura permite reencontrar a comunidade perdida, mas sob uma nova forma que integra as conquistas da modernidade: liberdade, igualdade, fraternidade e democracia.”</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Para Lowy, existe algumas correntes socialistas e ecológicas que são herdeiras da crítica romântica, pois tem seus objetivos pautados na “superação da racionalidade instrumental, da autonomização da economia, do reino da quantificação, da produção como objetivo em si, da ditadura do dinheiro, da redução do universo social ao cálculo das margens de rentabilidade e à necessidade da acumulação de capital”. Estas correntes, afirma Lowy, reivindicam valores qualitativos, A. Mitznam faz parte desta corrente e faz a mesma observação. </span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Desta forma temos um conjunto de valores que se opõem a racionalização instrumental do mundo: </span><span style="font-size: large;"><i>valor de uso, satisfação das necessidades, salva guarda da natureza/equilíbrio ecológico, harmonia social, solidariedade, respeito pela natureza e seus ciclos de vida.</i></span><span style="font-size: large;"> Outro ponto importante nesta concepção é a 'não separação' das esferas da vida, ou seja, a superação da diferenciação e autonomização da economia, a adoção de uma visão sistêmica.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Entretanto, isso não faz com que o 'pensamento verde' e o 'pensamento vermelho' sejam os mesmos, Lowy apresenta a existência de </span><span style="font-size: large;"><i>divergências de fundo,</i></span><span style="font-size: large;"><span style="font-style: normal;"> que diferenciam “marxistas e ecologistas”. Segundo o autor, os ecologistas acusam Marx e Engels de produtivismo, e Lowy se debruça sobre o tema, e propõe uma discussão sobre o posicionamento de Marx e Engels em relação a lógica capitalista de produção e o desenvolvimento das forças produtivas. </span></span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Para Lowy o desenvolvimento das forças produtiva como vetor do progresso parece como uma postura pouco crítica em relação a civilização industrial. Visão que está, segundo Lowy, no “prefácio da Contribuição à Crítica da economia política (1859), obra marcada pelo evolucionismo, filosofia do progresso e pelo cientificismo.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Mas esta não é a única leitura, Lowy demonstra que “Marx e Engels deixaram um certo número de textos que apresentam uma leitura mais crítica das 'forças produtivas”. Em a Ideologia Alemã encontra-se a ideia de que no desenvolvimento das forças produtivas chega um momento em que as forças produtivas “podem ser nefastos no âmbito das relações existentes, o que as transformam em forças destruidoras, deixando de ser produtivas. Mas esta afirmação não, necessariamente, esteja relacionada a destruição da natureza. Lowy, ressalta que nos poucos textos a questão da natureza aparece em relação a agricultura. Aponta que a produção capitalista desenvolve a técnica e a combinação do processo de produção social ao mesmo tempo que esgota as fontes da riqueza: a terra e o trabalhador. Lowy tenta demonstrar que nos escritos de Marx aparece um preocupação com o esgotamento das fontes de energia.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Na análise de Lowy, “Marx e Engels carecem de uma perspectiva ecológica de conjunto”, ressalta que a concepção do desenvolvimento ilimitado das forças produtiva, mesmo quando eliminada as relações injustas de produção atualmente não é aceitável. Conclui essa dicotomia com uma proposta feita por Daniel Bensaïd sobre a obra de Marx, na qual se propõe uma análise das contradição entre “o credo produtivista de alguns textos e a intuição de que o progresso pode ser fonte de destruição irreversível do meio ambiente natural”.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Desta forma, Michael Lowy, entende que a questão ecológica é o grande desafio que o pensamento marxista tem a enfrentar. Portanto, afirma que é preciso uma revisão crítica, por parte dos marxistas, das concepções tradicionais sobre as forças produtivas, da ideologia do progresso e do “paradigma tecnológico da civilização industrial moderna”.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Para mostrar que essa crítica foi, de alguma forma, incorporada por alguns marxistas do século XX apresenta o ponto de vista de alguns autores. Walter Benjamin propõe uma nova técnica com o controle da relação entre a natureza e a humanidade. Entretanto, Michael Lowy, considera que pouco foi modificado neste campo, e na atualidade poucas reflexões surgiram. Uma crítica feita por James O'Connor, ecologista e marxista-polanyista, acrescenta uma segunda contradição entre as forças produtivas e as condições de produção: os trabalhadores, o espaço urbano e a natureza. Segundo Lowy, O'Connor coloca em questão a natureza, ou seja, a destruição do ambiente natural. Outro marxista, E. Bloch, desenvolve sua crítica a parir da obra Ideologia Alemã ao chamar atenção para a necessidade de entendimento da 'fórmula' que produz a transformação das forças produtivas em forças destruidoras em vez do “esquema bem conhecido da contradição entre forças produtivas e relações de produção”.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Lowy acredita que desta forma é possível dar uma nova compreensão ao fundamento do desenvolvimento econômico, tecnológico, científico, ou seja elaborar um conceito de progresso diferenciado”. Mas lembra que, de certa forma, o movimento operário europeu sempre foi muito marcado pela ideologia do progresso e pelo produtivismo, e em muito momentos defenderam a industria automobilística e a energia nuclear. </span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">O autor menciona que a ecologia veio a contribuir com a tomada de consciência sobre os problemas que ameaçam o planeta, e em consequência as formas de produção e consumo capitalista. Ainda aponta que as criticas da ecologia europeia são insuficientes, e apenas conduz a ideia de um “capitalismo limpo”, e apresenta reformas para controlar excessos. </span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">O interessante é que Michael Lowy, faz um caminho que aponta que esta pequena abordagem da questão ambiental serve para subsidiar a ideia que o capitalismo (limpo) e socialismo, são variantes de uma mesma vertente. Ou seja, o argumento que proclama o fim da ideologia, com tudo isso a 'nova onda” seria “os verdes”, o “novo paradigma que forneceria uma resposta a todos os problemas econômico e sociais”.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Sendo assim o ecossocialismo se desenvolveu no final do século XIX e início do XX e vários autores buscaram uma crítica ao marxismo das forças produtivas. Essa corrente de pensadores está presente nos partidos verde, no movimento verde-vermelho, alguns setores das esquerda clássica, o que demostra que não existe homogeneidade. Entretanto, de alguma forma, “representa na esfera ecológica a tendência mais avançada e mais sensível aos interesses dos trabalhadores e dos povos do Sul”. Esta corrente percebe a impossibilidade de um “desenvolvimento sustentado” nos moldes da economia capitalista de mercado.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Para Lowy existem dois argumentos que baseia o pensamento ecossocialista: </span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">1- o modo de produção e de consumo atual dos países capitalistas mais avançados é impulsionador da crise ecológica, um sistema fundado na manutenção e agravamento da desigualdade gigante entre o Norte e o Sul. Existe a intensificação crescente dos problemas ecológicos e de novas áreas, pela exportação da poluição dos países do Norte.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">2- a continuação do progresso e a expansão da civilização baseada na economia de mercado ameça a sobrevivência da espécie humana. Por tanto, esse pensamento baseado no cálculo das perdas e lucros é contraditória a uma racionalidade que leva em consideração questões qualitativas.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Para resolver a dicotomia verde-vermelho propõe um ajuste, que vai contra o fetichismo da mercadoria e a autonomização da economia. Coloca que o desafio do futuro, para o pensamento ecossocialista é a “aplicação de uma 'economia moral' na forma definida por E. P. Thompson, que propunha uma “política econômica baseada em critérios não-monetários e extra -econômicos, a recolocação da economia nos âmbitos ecológico, social e político.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Michael Lowy considera que esta recolocação só é possível com a reorientação tecnológica que substitua as atuais fontes de energia, por fontes não poluentes e renováveis. propõe o controle dos meios de produção e principalmente das decisões de investimento e desenvolvimento tecnológico.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Desta forma, os ecossocialistas, apontam para a necessidade de uma reorganização do modo de produção e consumo, procurando satisfazer as reais necessidades da população e a preservação do meio ambiente. Lowy define isto como uma “ economia de transição para o socialismo”. O que esperam os ecossocialistas é uma transição que conduza a “um modo de vida alternativo, a uma nova civilização, para além do reino do dinheiro, dos hábitos de consumo.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Por fim, Lowy, questiona se tudo isso não passa de uma utopia, mas ressalta que a utopia é necessária à mudança social, quando esta está baseada nas “contradições da realidade e nos movimentos sociais e reais”. O ecossocialismo propõe uma aliança entre os pensamento marxista e ecológico.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-style: normal;">Na Europa, segundo Lowy, esta associação de correntes de penamento poderia se organizar como espaço estratégico, desde que alguns pontos que as separam sejam derrubados. A ecologia precisa deixar de lado o naturalismo anti-humanista e a pretensão de ocupar o lugar da critica a economia política. Por outro lado, o marxismo, assuma a crítica ao produtivismo percebendo que a problemática é a transformação das forças potencialmente produtivas em forças efetivamente destruidoras, em vez da dicotomia forças produtivas </span></span><span style="font-size: large;"><i>versus </i></span><span style="font-size: large;"><span style="font-style: normal;">relações de produção.</span></span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Este pensamento revolucionário de um “socialismo verde” possibilita ecologizar as relações e propor reformas. O que dá subsídio ao pensamento ecossocialista é a visão sistêmica da sociedade que coloca todos os aspectos – econômico, social, ecológico, cultural- no mesmo nível de importância e interferência.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">Portanto a existência de uma convergência entre estas duas correntes vai na direção de uma “nova civilização”, respeitadora da natureza e mais humana. Para isso Lowy, conclama todos os movimentos sociais que lutam pela emancipação se associem e adotem conceitos ecológicos.</span></div><div class="western" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.31cm;"><span style="font-size: large;">A forma que a questão vem sendo colocada é possível afirmar que a visão romântica ainda prevalesse como a crítica a racionalidade instrumental do sistema capitalista.</span></div><div style="font-family: "Courier New", Courier, monospace; text-align: justify;"></div>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-16896481906920589772009-12-05T16:30:00.000-08:002010-05-02T19:15:56.341-07:00A diferença da Igualdade<div style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"></meta> <style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
-->
</style></div><div align="CENTER" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.09cm;"><b><span style="color: black; font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">A dinâmica da economia solidária em quatro cidades do Mercosul (fragmento)</span></span></b></div><div class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.09cm; text-align: right;"><b><span style="color: black; font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Antônio Cruz</span></span></b></div><div class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">O texto de Antônio Cruz procurou “investigar as origens históricas e a dinâmica sócio-econômica da chamada economia solidária”. Além deste, outros objetivos perpassaram a pesquisa: o esboço de uma 'história comparada' e a trajetória do movimento cooperativo em cada cidade investigada como parte do contexto de “surgimento dos processos e fenômenos que hoje são denominados economia solidária”.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">O autor apresenta a ideia que tem sobre a gênese da economia solidária, procurando identificá-la em quarto cidades do Mercosul - Brasil, Argentina e Uruguai.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Primeiramente abordas as questões relacionadas a emergência da economia solidária e como os fundamentos do neoliberalismo estão relacionados a esta questão. Os planos de controle do plano economico e a luta contra a inflação. Todos os países da América Latina estavam passando por um mesmo movimento. A partir da década de 1990 um novo imperativo, ditado pelo Consenso de Washington e Fundo Monetário Internacional passou a impulsionar o controle da economia.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">A proposta posta no Consenso foi implementar uma política de reestruturação que fosse de longo alcance. E para fazer parte da ação do FMI os países deveriam assumir o compromisso e executar as exigências dos organismos internacionais. Todas as medidas adotadas colocaram em prática “um conjunto de reformas econômicas que poria abaixo (… ) toda uma estrutura reguladora construídas nas décadas anteriores – flexibilização da legislação trabalhista, diminuição de direitos e privatização de serviços públicos”.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Antônio Cruz expõem a opinião de Belluzzo e Almeida sobre o Plano Real. Para estes o Plano Real foi mais do que um método de estabilização economia, este representou um “projeto liberal que supõe a convergência relativamente rápida das estruturas produtivas e da produtividade brasileira na direção de padrões 'competitivos e modernos' das economias avançadas”. (Beluzzo e Almeida apud. Cruz, p. 128).</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Em seguida, Antônio Cruz expõem os resultados deste plano econômico e como foram rapidamente sentidos: redução da inflação, elevação do poder de compra dos salários, aumento da demanda e da oferta, aceleração do crescimento econômico, ajustes macroeconômicos, reestruturação produtiva, aumento do desemprego e endividamento público. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Estes ajustes atingiram as populações mais pobres e em situação de vulnerabilidade, pois para garantir o sucesso do plano houve a diminuição dos investimento em proteção social e uma flexibilização das relações de trabalho causando a precarização das relações de trabalho e o aumento da pauperização.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Na Argentina e em outros países da América Latina houve a ilusão de um desenvolvimento maior, mais intenso. Entretanto com o passar do tempo foi percebido os reais efeitos econômicos e sociais. Para demostrar como foi pequeno o crescimento econômico, Antônio Cruz , apresenta uma comparação entre as décadas de 1950-1980 e 1981-2004.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Antônio Cruz aponta que a reestruturação econômica modificou a estrutura do mercado de trabalho causando consequências nas formas organizativa e reivindicatória dos trabalhadores. Todas as mudanças adotadas foram na busca de atingir uma maior 'competitividade das empresas'. Ações como investimento em capital fixo, qualificação e diminuição dos recursos humanos, flexibilização do trabalho e das formas de contrato foram normas básicas que todos deveriam seguir. O incentivo a competição entre os trabalhadores é acirrada, e as relações de trabalho se tornam mais fragilizadas. Os trabalhadores perdem as estruturas que formam sua identidade, conhecem o desemprego, a flexibilização da contratação, a automação (formas toyotizadas de produção). O autor apresenta uma série de dados que demonstra o aumento do desemprego. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">A luta e resistência dos trabalhadores se desloca da mesma forma que ocorre uma mudança na estrutura do emprego. O sindicato vai perdendo forças de mobilização, devido o aumento do desemprego. Os trabalhadores necessitando sobreviver reinventam formas de trabalho, buscam formas alternativas. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Antônio Cruz aponta que a primeira solução para o desemprego são as formas assistencialista ou clientelistas, nos países estudados foram implantados programas compensatórios e de redistribuição de renda. Ressalta que além das ações ligada ao governo essa prática é desenvolvida por associações, ONG's, igrejas, com programas de atendimento à população, oferecendo acessoa a educação, cultura, formação profissional, inserção digital, entre outras 'prestações de serviço'.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Uma segunda tentativa de solucionar as questões de desemprego (econômicas) são as ações violentas. A 'criminalidade' aumenta: roubos, assaltos, venda de drogas passam a ser formas de 'ganho financeiro'.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Uma terceira forma apontada por CRUZ é a economia solidária, na qual tem governos, empresários, mídia e terceiro setor apoiando. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">O autor em sua pesquisa mostra que as iniciativas de economia solidária tem em sua formação e consolidação o resultado da ação consciente de resistência de “lideranças oriundas dos movimentos sociais dos ano 80”. Esta lideranças trazem valores sociais defendidos anteriormente e postos em voga pelas propostas de organização destes empreendimentos.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Desta forma, o autor coloca a economia solidária como uma consequência de um sistema excludente. Como uma solução para a reestruturação econômica e ao mesmo tempo um espaço para que os valores da luta dos trabalhadores voltem à cena, mas desta vez numa nova organização que procura fortalecer a democracia participativa e a justiça social através da igualdade econômica.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.71cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Por último, o autor, aborda questões relacionadas às formas históricas do cooperativismo e sua articulação com a economia solidária.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.71cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">As variadas formas de cooperativismo estão pautadas na ação dos sujeitos coletivos, mas esta ação “não depende apenas do contexto histórico que se encontram (…), mas dependem da leitura que este sujeitos coletivos fazem acerca da realidade que os cerca” (137). Desta forma, Cruz, afirma que a economia solidária acontece “num dado contexto e numa dada leitura deste contexto”. Os atores deste fazer buscam um outra forma de solucionar as questões econômicas e estão orientados por uma ética baseada nas lutas sociais. Entretanto nem todas as organizações cooperativas são formadas a partir de conjunto de valores ligados as lutas sociais ou aos 'princípios utópicos do cooperativismo original, ligado ao socialismo e ao movimento operário'. Muitas cooperativas se corrompem em seus princípios, atendendo a demanda da reestruturação produtiva e adotam os procedimentos do empreendedorismo capitalista.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.71cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Antônio Cruz coloca a economia solidária no mesmo patamar que os novos movimentos sociais, com sua critica às velhas estruturas de ação e organização social e política. Sendo assim muitos movimentos de ação econômica (assentamentos e fábricas recuperadas) se recusaram, por muito tempo, a usar a estrutura jurídica de cooperativa, por não acreditar que esta forma seja distina das empresas capitalistas. A economia solidária é uma forma de crítica ao cooperativismo tradicional. O autor ressalta que existe uma dificuldade de definir de forma clara as organizações tradicionais e as de economia solidária, pois o discurso é sempre na direção democrática e participativa, mas a prática nem sempre. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.71cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Segundo o autor, algumas cooperativas tradicionais são mais democrática, participativas e próximas ao princípios autogestionários do que novos empreendimentos, formados na era neoliberal, que servem a outros princípios e valores. Este deslocamento de ideais foi para atender uma necessidade das cooperativas de incorporar mão-de-obra assalariada e manter de forma permanente o mesmo grupo no controle. A partir da década de 1990 abre uma “brecha legal” para que diversas cooperativas, com objetivo único de oferta de trabalho precarizado se constituíssem como agências de oferta de mão-de-obra.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.71cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Portanto o autor define três formas básicas de organização cooperativa, sendo cada qual distinta uma das outras: cooperativas empresariais, cooperativas precarizadoras e cooperativas autogestionárias. Entretanto, todas elas estão sob a mesma figura jurídica que as entendem como uma coisa só.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Ainda dentro da perspectiva histórica Antônio Cruz procurou reconstituir algumas práticas e por sobre elas o olhar da produção coletivizada. Afirma que ao longo do século XIX formaram-se as primeiras comunidade agrícolas cooperadas, anteriormente a isso, ainda no período da colonização, as cidades jesuíticas – as Missões, se aproximavam da ideia de sociedades cooperativas. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">No Brasil as primeiras comunidades cooperadas tiveram inspiração em Charles Fourier e em sua maioria ligadas aos grupos de imigrantes europeus. Com o passar do tempo cooperativas de crédito foram organizadas e com isso editadas as primeiras leis que passam a reger a associação cooperativista (1903 – 1907 – 1932). Durante esse período as cooperativa surgiram sem articulação política ou econômica e com forte atuação agrícola, uma forma de ações que garantissem a possibilidade da produção (financiamento, produção e comercialização).</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">A partir de 1930 com o processo de burocratização do Estado é estabelecido um arcabouço legal para atender a demanda das sociedades cooperativas. O Decreto lei 5.764/71 normatiza o sistema operacional das cooperativas, mas mantém a intervenção estatal sobre as mesmas, e estabeleceu o número mínimo de vinte associados. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">O autor ressalta que na atualidade existe uma luta para modificar algumas das condições para a formação de sociedades cooperadas. O Código Civil com nova vigência, permite associações com número menor que 20, entretanto somente algumas juntas comerciais aceitam o registro.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Na Argentina as comunidades cooperativas surgem também no século XIX e na primeira metade do século XX (1922) é criada a primeira federação de cooperativas agropecuárias. Também houve iniciativas urbanas voltadas para cooperativas de consumo e crédito e algumas localidades criaram serviço para fornecimento de energia elétrica, telefonia, água, etc. devido a insuficiência do Estado em oferecer serviços públicos. A legislação sobre o tema aparece no Código do Comércio (1889) e uma legislação específica em 1926, baseado nos princípios de Rochdale. Em 1973 ocorre uma mudança na legislação e desta vez representantes do movimento cooperativo participam da elaboração. O número mínimo de associado varia entre 10 e 7, e tem em sua base a prestação de serviços. Isso aproxima as sociedade cooperativas argentinas com os princípios do cooperativismo internacional. Posteriormente houve o fortalecimento de cooperativas de produção e trabalho. O cooperativismo na Argentina teve grande desenvolvimento e se fortaleceu em variados ramos das atividades econômicas.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">No Uruguai os primeiros registros de sociedade cooperativas são do final do século XIX, e eram “organizações de consumo de extração operária” (147) e também associações de crédito mútuo. A legislação específica sobre o tema aparece no início do século XX (1912) e regulava as associações de crédito e fomento rural. Outras iniciativas surgem no primeira metade do século XX, inclusive a criação do Instituto Cooperativo Rural e o regimento jurídico das sociedades cooperativas. O governo em 1935 reconhece a sociedade cooperativa de produtores de leite e a regulamenta por “lei estatal” que lhe garantia créditos do governo, eleição democrática da direção e um síndico nomeado pelo</span></span><span style="font-size: large;"><i><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;"> Banco de la República</span></i></span><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;"> que fiscalizava a atuação da diretoria.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Antônio Cruz ressalta que com esta lei o Estado instituiu o monopólio do beneficiamento e distribuição de leite através de uma cooperativa que estava sob fiscalização do Estado. O autor lembra que as leis que beneficiam a ação cooperativa (trabalho associado e construção de moradias) são criadas “n</span></span><span style="font-size: large;"><i><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">o período de estagnação econômica do país, nos anos 60, e quando a política uruguaia começava a ser polarizada pela entrada da esquerda no cenário eleitoral e pela radicalização dos movimentos sociais” (149).</span></i></span><span style="font-size: large;"><span style="font-style: normal;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;"> O movimento cooperativo uruguaio esta ligado a duas vertentes: movimento </span></span></span><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">associativo classistas e o papel desenvolvido pelo Estado.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Os diferentes países apresentam índices bastante distintos sobre atividade econômica associativa solidária ou não. O que é possível verificar é que a formação cultural e econômica destes países influencia a existência maior ou menor de atividades cooperativas.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">A economia solidária e sua articulação com o cooperativismo é algo a ser examinado com um olhar atento. Para Cruz o fato do empreendimento ter um registo de cooperativa “não indica alterações significativas das relações sociais de produção, da relação de trabalho, da distribuição de renda, da eficiência e da produtividade” (151). Entretanto pode-se fazer algumas observações acerca da economia solidária. </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: "Courier New",Courier,monospace; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.76cm;"><span style="font-size: large;"><span style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% transparent;">Antônio Cruz em sua análise demostra que as cooperativas agrárias e as de crédito são nas quais os 'espírito' empresarial (capitalista) predomina. As cooperativas de produção e trabalho associado apresentam maior precarização do trabalho. As cooperativas de consumo e habitação se aproximam das vertentes mutualista , na qual, a lógica de beneficiamento individual. Ainda ressalta que na maioria delas a participação efetiva na gestão das cooperativas é miníma.</span></span></div>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-80580076122757220402009-11-16T14:17:00.000-08:002009-11-16T14:40:05.663-08:00Os limites e possibilidades de processos de autogestão <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P.sdfootnote-western { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-cjk { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-ctl { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P { margin-bottom: 0.21cm } A.sdfootnoteanc { font-size: 57% } --> </style> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Na história da revolução capitalista o trabalhador que detinha a posse sobre seu trabalho vai gradualmente perdendo seu saber e tornando-se um trabalhador desqualificado. Num primeiro momento houve uma resistência às novas forma de produção baseadas nas maquinofatura. Entretanto com o passar do tempo essa luta assume novos contornos e passa a ser a luta pela “construção de um novo mundo à base das novas forças produtivas mas em que a cooperação e a igualdade tomem o lugar da competição e da exploração” (Singer p.31), este é o cerne da luta socialista. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Paralelamente a essa luta de resistência às formas capitalista de produção foi correndo a busca, por parte dos trabalhadores, por amparo institucional do Estado. Num primeiro momento este negou os direitos aos trabalhadores e apoiou o desenvolvimento das forças produtivas capitalistas, para somente após muita luta e resistência elaborar alguma legislação trabalhista e reconhecer a legitimidade da organização sindical e da realização de atos grevistas.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Um momento importante desta luta por direitos foi o movimento Cartista que teve como objetivo conseguir poder político para os operários numa tentativa de conquista do poder político democrático. Os trabalhadores passaram a ser organizar e revindicar direitos sociais e políticos, como o direito ao sufrágio universal. Para Singer este é a maior conquista socialista que o movimento dos trabalhadores conseguiu.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Durante os momentos de resistência da classe trabalhadora foram várias as vezes que a autogestão apareceu como forma de manter os postos de trabalho, sejam estes os tradicionais empregos ou mesmo novas fomas de organização social – co-operative. Entretanto apenas em poucos momentos a classe trabalhadora conseguiu manter processos de autogestão como a negação ao sistema capitalista. A experiência da Comuna de Paris foi uma das tentativas de organização de uma nova organização social pela tomada de poder. E a guerra civil espanhola ficou entre uma luta contra o fascismo e algumas expressões anticapitalista, que foram suplantadas. As primeiras experiências de 'comunidades comunitárias</span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote1anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote1sym"><sup>1</sup></a></span></span></sup></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >' autogestionárias foram possíveis por serem financiadas pelo capital de alguns benfeitores</span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote2anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote2sym"><sup>2</sup></a></span></sup></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Neste estágio da história a luta já se dava por conseguir melhores condições de vida e trabalho, pois a ideia de resistência ao capitalismo industrial já havia se desfeito. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Os sindicatos se aproximam das ideia de Robert Owen, ocorrendo uma mudança ideológica. Estes passaram a “desenvolver um projeto de sociedade em que seus interesses pudessem ser realizados através dos aproveitamentos das forças produtivas desencadeadas pela máquinas e pelo motores.” (Singer, p.38). Dentro deste contexto de garantia de qualidade de vida as cooperativas aparecem como “reações defensivas de trabalhadores”, e neste caso eram as cooperativas de consumo, que garantiam acesso a bens de primeira necessidade, e ou para baratear processos de manufatura de cereais.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Estavam sempre voltadas para o abastecimento de seus sócios, uma forma de minimizar os males causados pela industrialização, que por um lado aumenta a quantidade de bens produzidos e por outro do aumento da perda do trabalho. Singer aponta as cooperativas como desdobramento dos trade clubs, pois eram consideradas sociedades mutualistas. Estes trabalhadores se organizavam em sociedades para formação de fundos, um tipo de seguridade para possíveis emergências (doenças e óbitos). Singer ressalta a existência da cooperativa formada por alfaiates de Birmingham (1777), pois esta não tinha o caráter de abastecimento de sócios. Talvez esta seja a primeira cooperativa de produção destinada a abastecer o mercado, e desta forma se colocar como uma nova forma de organização social do trabalho, procurando competir com as empresas capitalistas.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O legado destas experiências foram as iniciativas posteriores dos sindicatos que buscaram organizar cooperativas em base owenista, para minimizar os males causados pela 'sociedade capitalista competitiva'.</span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" > Entretanto todos os idealizadores destas cooperativas estavam “na busca de uma nova ordem social” baseadas na fraternidade humana. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Num segundo momento a autogestão foi usada como forma de luta e revindicação pelas condições de vida e trabalho. Mas normalmente quando a situação se normaliza ocorre um retrocesso e a desistência da autogestão, ou até mesmo a impossibilidade de se manterem frente as investidas capitalistas. Talvez isso ocorra pela própria cultura de submissão, que sempre esteve presente nas classes pobres (não especializadas) e a necessidade imediata de prover o sustento.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O caso dos trabalhadores da LIP Co. é um exemplo clássico de trabalhadores que assumem a fábrica como resposta a todo um processo de modernização capitalista. </span> </p> <p class="western" style="margin-left: 0.82cm; margin-right: 0.21cm; text-indent: 0.03cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> “</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Os Lips assumem a produção da fábrica, essa escolha não era uma crítica ao atual modelo de produção, os trabalhadores revindicavam formas para a garantia dos salários. Se organizam para produzir e vender para que fosse possível o pagamento dos salários” </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >(<a href="http://outraeconomiaacontece.blogspot.com/2009/09/os-lips-um-coletivo-capitalista.html">Os Lips</a>)</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Singer define que as instituições anticapitalista são 'sementes socialistas plantadas no poros do capitalismo', e que por todo tempo procuram brechas do sistema para se instalarem. A formação de coopera</span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >tivas de consumo e de produção são formas de preencher lacunas deixadas pelo capitalismo. É a resposta para a relação que as empresas capitalistas desenvolvem com seus clientes, pois só buscam o lucro e não a satisfação e bem estar daquele que usufrui do produto adquirido. Desta forma os trabalhadores ao organizarem nesta forma de distribuição de produtos se protegem da exploração do sistema de produção e consumo. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Entretanto muitas empresas tornam-se cooperativas devido falências e desistência de seus proprietários. Esta cooperativas com o tempo conseguem se reorganizar, mas precisam de apoio e financiamento, como qualquer outra empresa capitalista.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Entretanto a possibilidade da existência das formas autogestionárias sempre foram difíceis devido a constante pressão do capitalismo. O uso de máquinas e a constante revolução tecnológica, faz com que a produção depen</span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >da de grandes investimentos, o que esse pequenos grupos não são capazes de manter. Como também os custo de produção são diluídos na cadeia produtiva e na grande quantidade o que também não é possível a pequenos grupos.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Além do mais, faz-se necessário a organização de um mercado consumidor dos produtos destas organizações cooperativas, para que estas tenham sustentabilidade. Este mercado precisa ser mais amplo do que os sócios. Não pode ser apenas para abastecimento dos sócios, ficando a cooperativa dependente de um grupo específico. Para que uma parte dos tralhadores se mantenham de forma autônoma, produzindo e consumindo, sem a presença do patrão é necessário que outra parte dos trabalhadores estejam trabalhando para o capitalista, mantendo fonte de renda para consumo do excedente da produção cooperativista.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >As vezes estas cooperativas funcionam por anos, mas com o tempo perdem sua capacidade frente as transformações capitalistas e também por perderem seus sócios. Por isso o desenvolvimento da educação dos sócios nos princípios do cooperativismo é um investimento para que as futuras gerações mantenha o projeto. Uma educação cooperativista é muito importante para manter este legado.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >As cooperativas fazem parte do movimento operário de confronto e adaptação ao capitalismo, a classe trabalhadora vai a todo tempo procurando formas de resistência ao sistema capitalista, e em suas brechas cria formas não capitalistas de relação de trabalho.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Uma exemplo interessante deste movimento são as experiências de organização de armazéns coletivos para distribuição da produção das cooperativas operárias, resposta às demissões em massa de trabalhadores, que se organizam em cooperativas para atuarem no mesmo ramo do patrão, um movimento de resistência.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <div id="sdfootnote1"> <p class="western" style="text-indent: 0.08cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote1sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote1anc">1</a><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:85%;">New Harmony, Ralahine Co-operative Community, Queenswood</span></span></p> </div> <div id="sdfootnote2"> <p class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote2sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote2anc">2</a><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Os sindicatos organizavam caixas para financiamento deste projetos, que não eram sustentáveis por si próprios. E também existiam pessoas que matinham estas “aldeias comunitárias”: Abranham Combe, John Scott Vandaleur, Robert Owen.</span></p><p class="sdfootnote-western"><span style="font-family:Arial,sans-serif;">
<br /></span></p><p class="western" style="margin-right: 0.09cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; text-align: left;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;">SINGER. Paul. Uma utopia militante. - Parte III – A revolução social socialista.</span></span></p><p class="sdfootnote-western"> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p> </div> Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-74406694535369104332009-10-28T13:09:00.000-07:002009-11-01T13:44:56.659-08:00Autogestão utopia revolucionária?<span style="font-size:130%;">Muitas vezes os debates entorno da autogestão estão ligados a processos de trabalho já existentes, ou a trabalhadores que há tempos estão inseridos nesta relação. Para estes a coisa tá lá, no dia a dia .... esta diante de cada um.<br /></span> <span style="font-size:130%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">E quando tratamos de uma população que não se insere no tal 'mercado de trabalho', que sempre viveu de bicos, pequenos trabalhos, informalidades... ou seja que não tem conhecimento sobre os abusos das relações de trabalho capitalista, e não se sentem classe..... não de identificam como trabalhadores - já que para ser preciso de emprego!<br /></span></div> <span style="font-size:130%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Acompanho um grupo de mulheres a um ano e não consigo ver nelas (como um todo ) um sentimento de coletividade, não se reconhecem como na mesma condição - trabalhadoras e mulheres sem liberdade! Concorrem entre elas, formam sub-grupos, excluem algumas... coisas humanas.<br /></span></div><span style="font-size:130%;"><br /></span> <div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Concordo com Paul Singer que afirma que somente período de grande opressão é o motivador de coesões. As pessoas não andam com essa consciência sobre os processos de dominação do capital. Pelo contrário, ainda vêem nele a possibilidade de ascensão, de consumo e de maior qualidade de vida. O ser humano só é inclinado a liberdade se for criado para isso... se não será submisso por todo tempo.<br /></span></div></div> <span style="font-size:130%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Talvez grupos de trabalhadores (que estão inserido no processo) consigam adquirir a crítica ao sistema capitalista, pois esse é opressor. Mas aqueles que estão excluídos das 'beneficies' do capital e de seu poder de compra, quererem se inserir.<br /></span></div><span style="font-size:130%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Acredito que a autogestão seja o grande desafio da transformação da sociedade. Quando conseguirmos romper coma idéia de que a hierarquia é natural talvez possamos estar a um passo do 'paraíso'. (rs)<br /></span></div><span style="font-size:130%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">A possibilidade de socialização dos meios de produção abre espaço para socialização de outras esferas da vida.<br /></span></div><span style="font-size:130%;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">As formas cooperativas de trabalho podem oferecer mais do que um salário. É a conquista da existência, existir como ser humano na sua forma mais filosófica, e não como uma mera ferramenta produtiva. Porque é essa existência que faz toda a diferença. O espaço coletivo é um espaço de aprendizagem e descobrimento de uma nova forma de relação social, que vai se opondo ao sistema dominante.<br /><br /></span></div><span style="font-size:130%;">A questão de curtir cultura é também relativo. Qual cultura, a minha, a sua ou a de um modelo dominante. Será que ir ao cinema, comprar revista e livros, ir a teatro são as únicas formas de consumir cultura? Será que uma biblioteca coletiva não proporciona acesso a cultura, será que um cine clube não proporciona a cultura? Será que uma roda de leitura, um sarau, uma roda de música.... sem falar que a cultura pode ser reinventada a todo tempo e isso é que faz a diferença, pois quando reinvento a cultura reinvento a vida.<br />Sobre inclusão social – não acho que a Ecosol tenha como objetivo final a inclusão de pessoas num sistema existente, acredito que ela quer transformar o sistema existente.<br /><br /></span> <div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">A organização cooperada é a coisa mais difícil de conseguir numa sociedade hierarquizada, egoísta e individualizada. Mas somente a prática diária, a dificuldade de colocar a produção (seja ela qual for) no mercado e a sua superação é que criará espaços para uma sociedade socialista, que rompa com a hierarquia, egoísmo e com a ideia que basta 'eu' para tudo acontecer.... é uma luta e uma conquista diária.... Paul Singer ( Uma utopia militante ) se refere a implantes socialista... achei isso bem interessante.<br /><br />Prof. Felipe Luiz Gomes e Silva pediu para que todos os participantes definissem o que significava autogestão para Maurício Tragtenberg.<br /><br /></span></div><span style="font-size:130%;">Fiz a seguinte definição:<br /><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Autogestão para Maurício Tragtenberg se configura quando vários aspectos da vida social se inter-relacionam. Os trabalhadores ao garantirem por si só suas lutas, sem a necessidade de uma 'vanguarda sindical' os representando assumem um papel de agente da transformação.<br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Ocorre uma conscientização da classe trabalhadora e esta se descobre capaz de administrar o processo de produção e distribuição (seja em redes solidárias ou mercados capitalistas). Também cria novas formas de organizar o trabalho através da 'ação direta' e assim rompe com as formas tradicionais de organização do trabalho. Desta forma os trabalhadores aparecem como 'sujeitos revolucionários', pois transformam a organização de suas vidas e este é um ato revolucionário.<br />O movimento autogestionário aparece como resposta a um relação de opressão, no qual os trabalhadores eram submetidos à péssimas condições de trabalho. Como forma de resistência os trabalhadores se organizaram em associações que negavam a estrutura capitalista hierarquizada.<br />Entretanto esta forma que nega a estrutura capitalista tem de se expandir para outros âmbitos da vida social. É necessário que se inclua na ação direta – autogestionária – espaços culturais e políticos.<br />A gestão da vida passa ser regida pelas próprias pessoas organizadas em grupos e reunidas em assembléias. Isso seria a superação dos intermediários.<br />Somente com a prática diária da autogestão, com suas idas e vindas, num zig-zag constante é que se constroem processos autogestionários. Mesmo que as vezes tudo parece uma balburdia, com conflitos intermináveis esses é o processo no qual todos podem participar com a mesma intensidade.<br /></span></div> <span style="font-size:130%;"><br /></span>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-714403610138095422009-10-18T17:14:00.000-07:002009-10-18T17:16:20.494-07:00Terra e Liberdade <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } A.sdfootnoteanc { font-size: 57% } --></style><p class="western" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Direção: Ken Loach </span> </p><div style="text-align: right;"> </div><div style="text-align: right;"><span style="font-family:Arial,sans-serif;">1986 – Itália, Espanha, Reino Unido e Alemanha. </span></div><p class="western" style="line-height: 150%;" align="center"> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Filme inspirado no livro “Lutando na Espanha” de George Orwell conta a história de David Carr e por consequência uma parcela história da guerra civil na Espanha. O interessante é o foco que foi dado à história, buscando mostrar aspectos poucos conhecidos da guerra civil. A guerra civil aparece como catalisadora da força internacional do movimento de trabalhadores e também das correntes libertárias.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O personagem Davi Carr é membro do </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Partido Trabalhista Independente da Inglaterra, foi enviado à Espanha para combater junto às milícia que compunham a Frente Popular</span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote1anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote1sym"><sup>1</sup></a></span></sup></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" > contra o fascismo. Esta milícia estava ligada ao P</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">artido Obrero de Unificación Marxista (POUM). </span></span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O POUM representa a união de duas correntes marxista revolucionárias - Esquerda Comunista de Espanha (ICE) e o Bloco Operário e Camponês (BOC). </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O filme procurara retratar a organização dos trabalhadores, por meio dos partidos comunistas, que possibilitaram a internacionalização das ideias de resistência e revolução da classe trabalhadora. A milícia organizada do POUM era formada por pessoas de diversas nacionalidades, demostrando a ideia de união de todos os trabalhadores do mundo pela causa comunista. Sem falar em outra frentes como a Brigada Internacional formada por combatentes de diversos países. Os motivadores ideológicos desencadearam uma grande mobilização, muitas pessoas viram na Guerra Civil a possibilidade de realização de suas ideologias.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-size:130%;">
<br /></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 0.18cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><b>Qual é o objetivo a ser precorrido: a revolução ou o combate ao fascismo?</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Uma das grandes questões da revolução é a proposta de coletivização das atividades produtivas. Mas, talvez, não fosse essa a questão da Guerra Civil, que me parece ter como motivação a luta conta o fascismo e não a 'revolução comunista'.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >A cena: A milícia se prepara para lutar pela liberdade de um vila que está dominada pelo exército fascista. Com a vitória a população da aldeia estabelece uma assembléia geral para discutir os rumos da ação. A cena é composta das argumentações de vários personagens... todos em busca de formar um consenso de ideias sobre o que fazer após a conquista de terras. A necessidade de produção de alimentos, a ajuda às causas da revolução suprindo os frontes de suas necessidades. A coletivização imediata, pois a propriedade privada mantém a mentalidade capitalista. “A revolução deve ser feita já, não pode esperar o amanhã”, aparecem com muita convicção, tanto na fala dos moradores da vila como na argumentação do milicianos.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Entretanto essa ideia é rejeitada por um membro da aldeia, que não aceita nenhum dos argumentos. Acreditando que tem direitos individuais sobre suas terras e produção.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Os milicianos são chamados a contribuir com o debate e assim também demostram que não é consenso as formas de encaminhar a luta (revolução). Sendo assim a discussão fica no entorno da preocupação em implantar o comunismo ou optar pela luta antifascista. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Algumas argumentações propunham a ampliação da luta para além da Espanha, pois não é somente a ameaça de Franco, mas também de Mussoline e Hitler e todo um contexto de miséria dos trabalhadores no mundo. Outra era em relação a causa Espanhola só ter o apoio do México e da Rússia e por isso deveriam moderar suas diretrizes. Mas essa era uma ideia isolada dentro da milícia, pois em sua maioria defendiam questões comunistas, de coletivização das forças produtivas. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Consideravam que está ação serviria de exemplo para outros países. E os capitalistas só ficaram sat</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">isfeitos quando “diluirmos os nosso ideais”. Por fim os moradores da vila votam a favor da coletivização das forças produtivas. Assim mantém uma postura que vai além do combate ao fascismo, na busca da revolução comunista.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Tudo isso ocorre devido a falta de um projeto unif</span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >icador dos trabalhadores, existe uma divisão na Frente Popular e esta parece ser uma ação antifascista e não revolucionária. A união de diversas pessoas, que agrupou diversas correntes do pensamento político contra as ações de Franco.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-size:130%;">
<br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><b>O controle da revolução e o governo democrático.</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O Governo em Valência impõem a unificação do movimento e quem não se alinhasse não receberia armas, nem apoio. Com isso a Milícia se reúne para avaliar as vantagens e desvantagens de integrar as forçar armadas oficiais.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Bernard alerta que a criação de um exército com disciplina, hierarquia militar destruirá o espírito revolucionário das pessoas - “É o que Stalin espera”. Entretanto ainda existe uma visão “romântica” sobre a atuação do partido: Davi - “não é possível que isso ocorra, o partido comunista queria a revolução, porque não apoiariam as ações das milicias?!”. A milícia, neste caso, aparece como o coração da revolução. Mas ao mesmo tempo não se obtém controle absoluto sobre ela. É um espaço de cooperação e tudo é decidido no coletivo. Essa força aparece como ameaça ao planos de dominação de Stalin?! Por isso a necessidade impedir a atuação autônoma e colocá-la sob a égide de um poder central e hierárquico. Não é um processo de parceria e sim de subordinação. Todas essa questões são abordadas na discussão entre os milicianos.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Como é possível notar a configuração do movimento antifascista/revolucionário toma novos rumos e isso é só o início de grandes mudanças. Com a dificuldade imposta às milícias o personagem Davi Carr deixa a milícia para incorporar a Brigada Internacional, ordem militar muito mais organizada, com recursos e alinhada com a diretrizes do Partido Comunista (do qual é membro). Neste mesmo momento as mulheres são retiradas da linha de batalha e só podem trabalhar como enfermeiras e cozinheiras, representando um retrocesso nos ideais de igualdade.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Existe uma dúvida histórica em relação a participação do POUM na Guerra Civil, o filme procura mostrar os integrantes do POUM como leais à revolução, com uma base ética e política (coletivização). O filme mostra uma sutil manipulação política no qual o Partido Comunista espanhol influenciado pela URSS (pensamento stalinista) vai eliminado as diversas forças sócio-politica que atuam na guerra civil. O POUM foi acusado de sócio-fascismo, ocorre o fechamento do Jornal ' La Batalha', houve prisões e tortura dos dirigentes. Os jornais noticiam que Trotskistas espanhóis juntam-se a Franco.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Por fim ocorre o golpe final na milícia, o Exército popular comunista impõem que os milicianos deponham as armas. Decretam que esta companhia militar deixa de existir. Os oficiais Juan Vidal, Bernard Gohon, Miguelangelo Campos e Rafael Gimenez foram presos.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Tudo isso aparece como um movimento silenciador das oposições, o movimento de esquerda esta fragmentado, com divergência internas. Uma inversão total pela luta pela liberdade, pelos ideais de igualdade substantiva são atropelados por um modelo dominador que impõem e perpétua valores arraigados na cultura capitalista. A luta das milícias de fato proporcionava uma experiência comunista no qual os objetivos eram para a realização do coletivo e não a realização pessoal. Tudo era discutido e decidido no grupo, as pessoas se aproximavam da história. Passaram a ser agentes da história, intervendo de forma consciente. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 0.49cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-size:130%;">
<br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><b>O partido comunista e a revolução</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O personagem percorre um processo de transformação no seu modo de ver a revolução e o partido comunista. Primeiramente conhece a dor da guerra e da perda de pessoas e depois constata que o partido não corresponde as teorias e ideologias sobre a transformação do mundo. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Com a mudança para Barcelona o filme centra nas disputas travadas entres comunistas e POUM/Anarquistas. Sua vivência no exército popular o faz perceber os conflitos entre as várias vertentes do movimento socialista, a influência da URSS e o stalinismo. Ocorre a quebra da ideia romântica sobre a luta, sobre a revolução.... Neste momento o personagem toma consciência de tudo o que já havia sido dito sobre o Partido Comunista Espanhol e a influência de Stalin. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> “ </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >A luta desmorona na nossa frete, ninguém confia em ninguém”. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O personagem Davi Carr resolve abandonar a Brigata e retornar à Milícia, rasga sua carteira do Partido Comunista como um ato de repúdio por tudo que viu. Reconhece que o “partido é podre, mau e corrupto”. Presenciou a execução de camaradas, prisões e desaparecimentos. A milícia mesmo com poucos recursos, numa luta desigual conseguiu manter o sentimento de comuna, união por objetivos únicos e a necessidade de instaurar uma nova ordem sócio-política.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.41cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="right"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Entre na batalha. Nela ninguém perde.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="right"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;">Mesmo para aquele que perde,seus efeitos ainda prevalecem .</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="right"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"> <span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:100%;">Willian Morris</span></span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="right">
<br /></p> <div id="sdfootnote1"> <p class="western" style="text-indent: 0.55cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"> <a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote1sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote1anc">1</a><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-size:78%;"> Frente Popular era formada por partidos republicanos de esquerda, socialistas e comunistas. Integravam a frente, entre outras organizações, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Partido Comunista da Espanha (PCE), o Partido Operário de Unificação Marxista (POUM), além dos partidos republicanos Izquierda Republicana (IR) de Manuel Azaña e a União Republicana (UR) de Diego Martínez Barrio. O pacto era apoiado também por nacionalistas catalães (Esquerra Republicana de Catalunya) e galegos (Partido Galeguista). Os anarcosindicalistas da Confederação Nacional do Trabalho, embora não fizeram parte da Frente, não se mostraram beligerantes com ela, obtendo por isso muitos votos anarquistas (os quais, tradicionalmente, não votavam).- in http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_Popular_(Espanha)</span></span></p> </div> Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-67468414531412283282009-09-20T16:48:00.000-07:002009-09-20T16:55:04.301-07:00Os Lips – um coletivo capitalista?<span style="font-family:arial;">"O socialismo consiste inteiramente na negação revolucionária da EMPRESA capitalista, e não em garantir a empresa para os trabalhadores da fábrica".<br /></span><div style="text-align: right;"><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:100%;" >Amadeo Bordiga, Propriété et Capita</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:100%;" >l</span></div> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Em 1973 eclode um conflito entre os trabalhadores e patrão na empresa Lip Watch Co. O que motivou o conflito foi a proposta de re-estruturação na empresa que incluía diminuir algumas seções de trabalho e demitir parte dos trabalhadores.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O jornal francês Négation procurou fazer uma ligação entre os acontecimentos ocorrido na Lip com as que ocorreram logo após a II guerra – as comunidades de trabalho. Considera que como no passado a destruição das forças produtivas (a transferência da fábrica para outra empresa, neste caso) e o pouco capital constante foram pontos importantes para a greve e a formação do coletivo.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Além do mais, o </span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><i><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">modo arcaico do sistema produtivo francês</span></i></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">, em pleno século XX , foi ponto importante para configuração do conflito. Os trabalhadores da Lip estavam inserido num capitalismo arcaico, no qual o trabalhador ainda se identificava com seus meios de trabalho, ou seja, os </span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><i><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">processos de produção</span></i></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"> ainda pertenciam aos trabalhadores, mesmo que estes não fossem os proprietários dos </span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><i><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">meios de produção</span></i></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"> (fábrica).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Para frear os planos de re-estruturação da empresa os trabalhadores iniciaram uma mobilização e aos poucos foram paralisando a produção. No extremo do conflito ocuparam a fábrica e fizeram dois administradores reféns. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Os Lips assumem a produção da fábrica, essa escolha não era uma crítica ao modelo de produção, os trabalhadores revindicavam formas para a garantia dos salários. Se organizam para produzir e vender para que fosse possível o pagamento dos salários. Os trabalhadores passaram a propagar o slogan: </span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><i><span style="font-weight: normal;"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">É possível: nós produzimos, nós vendemos e nos pagamos</span></span></i></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">. De fato este é um lema autogestionário, entretanto esta ação não foi capaz de romper com a forma de produção capitalista (Jornal Négation).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O jornal Négation apontou que os Lips tinham “calor humano, a redescoberta da alegria de viver”. Esta energia envolvia as atividades da empresa e da vida social. No texto os “Lips” são apontados como possuidores de uma dinâmica própria, mesmo tendo um conteúdo limitado. <span style="font-family:Arial,sans-serif;">Pois pretendiam apenas re-estabelecer os postos de trabalho e garantia de salários. </span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.46cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Ainda, no mesmo texto, busca-se mostrar que os trabalhadores da Lip procuraram criar uma vida comunal entorno da empresa. </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;">A</span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">ponta para um 'um novo sentido de comunidade',</span></span></span></p> <p class="western" style="margin-left: 2.59cm; margin-right: 0.34cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> “</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><i>... na nova LIP havia uma tendência a criar uma vida comunal organizada em torno da empresa: encontros, piqueniques e festivais foram organizados, ao que parece , quase diariamente” (Jornal Négation)</i></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Porém ao assistir o documentário, vi depoimentos de esposas de trabalhadores (lideranças) que revelam o contrário – a entrega e exaustão dos maridos, em relação a luta para manter a empresa funcionando. Um total abandono da família. </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Acredito que o que buscavam não era fundar uma nova ordem social mas sim, manter a existente.</span></span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.46cm; margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">A ideia de que a vida pode ocorrer entorno da fábrica revela a centralidade do trabalho / instituição-emprego. Nesta lógica a Empresa concentra todas as necessidades para produção e reprodução humana e dá sentido a vida. Isso foi uma realidade social e uma prática para algumas empresas capitalistas, que criaram associações / grêmios recreativos para seus funcionários, para que estes pudessem usufruir de lazer em suas horas vagas (talvez assim mitigavam a possibilidade de insatisfação e revolta dos trabalhadores).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Além disso o movimento estava calcado na liderança de algumas pessoas, como a figura emblemática de Charles Piaget, sindicalista da CFDT</span></span><span style="font-size:130%;"> </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">(Confédération Française Démocratique du união Travail).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Segundo o jornal francês o que se formou foi um coletivo capitalista, pois a ruptura foi devido o 'abandono' do patrão. A organização foi necessária para possibilitar a gestão da empresa e essa foi feita por assembleia geral. </span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Ainda baseado no texto “na Lip não surgiu uma nova empresa”, os trabalhadores estavam mobilizados para manter os postos e modos de trabalho e para isso criaram uma forma de manter os funcionamento da fábrica e conseguir um novo patrão, que restaurasse as antigas condições de trabalho. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O Jornal Négation ressalta que na LIP houve a manutenção das hierarquia e salários, sendo a manutenção “uma necessidade imperativa para a criação do coletivo capitalista”. Entretanto no documentário apenas ocorre uma discussão sobre como iam fazer a divisão dos valores obtidos com a vendas dos relógio. Surgiu questões como levar em conta as necessidades, a participação, o envolvimento e também em relação ao que é ser justo. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Outro ponto abordado no texto foi a transformação social e para que esta ocorra o movimento iniciado nos locais de trabalho precisam transpor os portões da fábrica e atingir a sociedade num todo. A força de luta dos trabalhadores só se torna potencialmente revolucionária quando abrange a totalidade da sociedade. O Jornal Négation afirma que “o proletariado pode se constituir enquanto classe somente se ultrapassa a empresa”. O sequestro do estoque de relógio e depois a produção e venda dos mesmos fez com que a sociedade tomasse consciência sobre a situação vivida por aquele grupo e assim solidarizando-se. Houve uma expansão do movimento interno (fábrica) para a região de Bensançon, pessoas passaram a visitar a empresa. Muitas pessoas queriam vivenciar aquilo - passavam alguns dias como numa vivência socialistas de produção capitalista. Entretanto na falta de uma proposta diferente da existente (sociedade capitalista) o movimento não se estendeu além da região de Besançon. Esta se envolve pois dependia da fábrica de relógios, estava organizada a partir da empresa capitalista. </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">A </span></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Lip era importante para o desenvolvimento do (arcaico) capitalismo francês e para a esta região.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Charles Piaget revela em seu depoimento que foram várias as tentativas de movimentos sindicalista, esquerdas e pesquisadores querem fazer da Lip um laboratório de experiências, mas em nenhum momento se envolveram e sempre se mantiveram autônomos. </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Entretanto o que buscavam era o apoio dos sindicatos para a negociação da empresa para algum 'capitalista' – patrão.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >A luta pela Lip demostra que os trabalhadores, mesmo vivendo em uma sociedade capitalista, resistiam as formas mais intensivas do capitalismo. Na França a cultura do trabalho de pequenos produtores é muito forte e a identidade de ofício também. Arroyo e Schuch apontam que na “França, não é permitido que grandes redes de supermercado se instalem no grandes centros urbanos, para que mercearias, padarias, quitandas e feiras possam cumprir seu papel.” ( Arroyo J. C. T. e Schuch F. C. Economia popular e solidária, a alavanca para um desenvolvimento sustentável. Coleção Brasil Urgente. Perseu Abramo. 2006.).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Acredito que a Lip represente o movimento de resistência de uma classe trabalhadora que se vê sendo expropriada dos processos de trabalho e de sua identidade com o trabalho e com a própria empresa. Charles Piaget era filho de um artesão relojoeiro, o que demostra a antiga ligação deste homem com o labor – fazer relógios. E quando surge a possibilidade de parte deste fazer não existir mais lidera uma resistência. Também significou a possibilidade de expressão feminina no movimento em defesa do trabalho. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Por fim, parece existir uma desconexão entre o texto e o filme. Mas devemos considerar que existe uma diferença no tempo histórico. O texto do Jornal é um artigo publicado logo em seguida do fato ocorrido, a reflexão quei estava sendo feita era no furor dos sentimentos. O filme feito anos depois, com alguns participantes que procuram fazer uma reconstituição histórica do movimento dos trabalhadores. Os depoimentos revelam como foi o desenvolvimento do conflito e também o sentimento deixado nos participantes. Não deixando de observar que este é o pensamento re-elaborado (memória), após anos e muitas outras coisas vividas .</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.53cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Assistir o documentário e efetuar a leitura do texto fez-me pensar em muito no desenvolvimento do Coletivo com o qual trabalho.... o que será que fazemos -lá... será que de alguma forma o grupo consegue romper com a lógica predominante, avassaladora do capitalismo ou apenas mitigamos essa forma? Distribuímos responsabilidades para facilitar os mecanismos de reprodução do sistema? Ou estamos construindo uma nova forma de relação de trabalho?</span></p><span style="font-size:130%;"><br /></span> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; text-align: left;"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b></b>Os LIP, a imaginação ao poder (Les LIP, L'imagination au Pouvoir).Diretor: Christian Rouad. França, 2006, 118 minutos.(</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Filme).<br /></span></span></p><p class="western" style="margin-right: 0.09cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; text-align: left;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Crise e Autogestão - Jornal Négation #3, 1973, traduzido pelo grupo autonomia.</span></span></p>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-16723440064882054222009-08-22T13:18:00.001-07:002009-10-18T17:17:18.135-07:00A Comuna de Paris<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnLX5Ig8zaTXNmufP8xiCi5OeTo-Jz-mhwuvVluN5fAWtLJfMwcz6CcTOyG8x8K8lAODZQw3gyugF-lTPS0pr5b3KuRH69pgv9GqmwpVB5tYOs5qrCE4EH8054u40CLCj8uqdHUOHvXMuG/s1600-h/comuna.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 102px; height: 152px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnLX5Ig8zaTXNmufP8xiCi5OeTo-Jz-mhwuvVluN5fAWtLJfMwcz6CcTOyG8x8K8lAODZQw3gyugF-lTPS0pr5b3KuRH69pgv9GqmwpVB5tYOs5qrCE4EH8054u40CLCj8uqdHUOHvXMuG/s200/comuna.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5372888613329465410" border="0" /></a> <span style="font-size:130%;">Iniciamos o módulo II - A História do Cooperativismo e Clássicos da Autogestão.</span>
<br /><div style="text-align: justify;">
<br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Para esta semana a atividade é ler a Introdução do Livro - Escritos sobre a Comuna de Paris, por Oswaldo Coggiola e participar do debate virtual.</span>
<br /></div><span style="font-size:130%;">
<br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">A seguir apresento algumas impressões de leitura e a reflexão feita a partir da seguinte questão: Como podemos pensar a atualidade dessas experiências?</span><style type="text/css">age { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --></style>
<br /></div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">______________________________________________________<span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size:130%;">Procurei fazer uma reflexão levando em conta aspectos gerais da influência da Comuna de Paris e ressaltar a atualidade dos princípios proclamados em 1871, eles ainda estão vivos e presentes na luta social.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 0.98cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A experiência da Comuna de Paris fica como uma fonte de inspiração para parte da sociedade, que a incorporou e re-elaborou as premissas que foram disseminadas naqueles 72 dias. </span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.06cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Ao ler o texto de Coggiola fiquei com a impressão de ser tratar de temas muito atuais, pois representam as várias bandeiras da revindicação social. Os princípios proclamados para reger a vida em sociedade cabe aos movimentos radicais, pragmáticos e idealistas. Até hoje 'a esquerda' luta contra a os privilégios da burguesia, - sua posição de dirigente do Estado e pelo fim da distinção de classe. Revindica o poder para os trabalhadores, a igualdade social e o reconhecimento das mulheres e crianças como sujeitos de direito. Combate a burocracia estatal, revogação dos cargos a qualquer momento, dissolução da guarda oficial e organização de milícias populares, interdição de acúmulo de cargos, ocupação de fábricas abandonadas pelos patrões, a redução da jornada de trabalho ainda são bandeira do movimento dos trabalhadores.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.06cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Em sua declaração de princípios a Comuna reconhece a Família como a primeira forma de associação e a união de todas as famílias formará uma só personalidade coletiva – a humanidade. A Constituição Brasileira reconhece a Família como sendo a base da sociedade.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.06cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Na Proclamação da Comuna ao Povo trabalhador são publicados os princípios organizador da vida em sociedade.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.06cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Primeiramente a gratuidade dos serviços públicos e acesso a tudo que é necessários ao sustento da vida. Também existe uma citação sobre a questão da habitação, pois já neste tempo havia a concentração de terras. Coisa que no Brasil ainda é tema polêmico, no qual o MST muitas vez (ou na maioria) é criminalizado. Temas como educação sexual, anticoncepção, direito ao aborto estão presentes na nova ordem social - o comunato.
<br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.06cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Na Proclamação da Comuna foi editado uma artigo dedicado ao modo de organização produtiva. Neste todos os aparatos produtivos privados passam a ter posse coletiva, que os trabalhadores que exercem atividades intelectuais também irão desenvolver tarefas manuais. A empresas passam a ter a gestão feita pelos trabalhadores e acontecerá a rotatividade nas atividades. A organização hierárquica acaba. Por a produção será feita para garantir a gratuidade em tudo que é necessário e procurando sempre diminuir o tempo de trabalho.
<br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.06cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Acredito que o movimento da economia solidaria é a busca desta premissas. Aqueles que de alguma forma se envolvem neste projeto buscam principalmente uma transformação nas relações de trabalho, já que esta é fundante da sociedade. A Comuna nasce num contexto histórico no qual o modo de produção vem sendo alterado de forma brusca, os trabalhadores que antes se organizavam em pequenos grupos produtivos (urbanos e rurais) são empurrados para a submissão da fábrica e perdem a cada dia sua liberdade. Este é um dos aspectos históricos, sem tocar na incapacidade política do Estado em garantir condições básicas de sobrevivência.</span></p><p class="western" style="text-indent: 1.06cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify">
<br /></p><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPRbBnsYsTjRv-SAOgxrwaEaF8DQSEy6l38xP_41WP9G_KNqCErGXKwsrwwNWZZDypn5REzfxMI1OQ5UIkOFib36Rq4abmr9V_5FNzbuDP8iKXfz636B7ptetZOdJoXPAOvhHEgQmWNuA2/s1600-h/comuna1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 179px; height: 134px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPRbBnsYsTjRv-SAOgxrwaEaF8DQSEy6l38xP_41WP9G_KNqCErGXKwsrwwNWZZDypn5REzfxMI1OQ5UIkOFib36Rq4abmr9V_5FNzbuDP8iKXfz636B7ptetZOdJoXPAOvhHEgQmWNuA2/s320/comuna1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5373284890612675234" border="0" /></a>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-7975752451204309702009-07-19T14:12:00.000-07:002009-08-23T15:12:16.239-07:00Notícia de Jornal</title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p><p class="western" align="justify"><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >A proposta desta atividade era buscar uma reportagem que abordassem os temas e </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >que houvesse sido veiculada na mídia.
<br /></span></p><p class="western" align="justify"><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >encontrei na </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" > <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u398900.shtml">folha online</a></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" > uma matéria sobre desemprego e perda da Identidade de Contardo Calligaris, psicanalista e colunista da Folha de São Paulo.</span></p><p class="western" align="justify"><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >A partir da reportagem teríamos de fazer uma reflexão sobre os temas:
<br /></span></p> <p></p><p></p><span style="font-size:130%;">
<br /></span> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="center"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><b>A crise do emprego e da identidade do trabalhador</b></span></p><span style="font-size:130%;">
<br /></span><p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >No artigo de Contardo Calligaris </span><style type="text/css"> @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >a questão que considero relevante é a construção da identidade a partir do emprego – o emprego dá sentido a vida, é através dele que é construída a identidade social da pessoa.</span></p> <p class="western" style="margin: 0.1cm 0.26cm 0.1cm 4.45cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> “</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >(...) é provável que todos os paulistanos conheçam um amigo ou um parente que, a cada manhã, olha no espelho e se pergunta por que fazer a barba ou por que escovar o cabelo” (Calligaris). </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Aquele que encontra-se numa situação de desemprego, “não preenche as expectativas de provedor de seus dependentes, perde sua razão de ser". Desta forma a Identidade e papel produtivo andam junto. Calligaris aponta para um fator social, pois sempre que conhecemos alguém, logo surge a questão “o que você faz na vida?”, com que trabalha?.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Segundo Calligaris, ocorre uma mudança na referência social – antes era na família, nos antepassados, no local de nascimento... etc. E agora o trabalho/profissão assume a referencia social do indivíduo. Antes de ser alguém sou trabalhador – empregado ou não (pessoa economicamente ativa – PEA).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Portanto publicamente é a identidade de produtor</span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote1anc" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1526959224112674149#sdfootnote1sym"><sup>1</sup></a></span></sup></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" > que conta, pois vivemos numa organização capitalista e o que importa é minha capacidade de gerar valor (monetário).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Calligaris ressalta que “somos mais do que nosso ofício: temos histórias, amores, esperanças, interesses, paixões e crenças que, de fato, expressariam muito melhor quem somos. Ao trocarmos cartões de visita, mentimos por omissão. Identifico-me como executivo, bancária, escritor, médica, mecânico, mas quem sou eu?”. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Mas esta forma de ser mais ampla, além do meu ofício, não é e nunca foi condição da classe trabalhadora (empregados), que a muito é formada a partir da ideia de uma educação para o trabalho, para assumir uma função produtiva (emprego).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O trabalho/emprego aparece como fundante da identidade e ao mesmo tempo uma coisa totalmente externa ao ser humano, totalmente abstraído e alienado. Pouco importa o que faço. O importante é ter emprego, estar inserido no sistema produtivo/assalariado. Pois essa inserção permite o consumo dos códigos de pertencimento do mundo eufórico da mercadoria. O fetiche pela 'coisa', que realiza meus desejos de pertencimento social. Ou seja, a outra identidade dos trabalhadores é com o consumo, sou trabalhador e consumidor.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Escrevi isso faz alguns dias: </span> </p> <p class="western" style="margin-left: 4.21cm; margin-right: 0.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> “</span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Diariamente, muitas, centenas de pessoas saem dos vagões do trem igual a 'estouro de gado'. Uma massa que ao abrir as portas vão rapidamente em direção da estreita escada de concreto. (...) As pessoas estão condicionadas, muitas com seus eletrônicos, com suas músicas prediletas para que todos ouçam e percebam que ele carrega o símbolo de pertencimento ao grupo que alimenta a produção de bens de consumo. Suas roupas com marcas e códigos dos fabricantes mundiais... mesmo que falsificado podem carregar o símbolo, o código que identifica toda uma nação de consumidores”. </span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" > (http://pes-ponto.blogspot.com)</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="right"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Concordo com Calligaris quando este afirma que “nos transformamos em sujeitos abstratos, resumidos por nossa função na produção e na circulação de mercadorias e serviços.” Perdemos todo o resto, passamo a viver em função de trabalhar e a inserção é pelo consumo.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Existe uma desconexão no mundo do trabalho - trabalhadores condicionados a situação de emprego e uma grande diminuição desta forma 'tradicional de emprego'. Ricardo Antunes reconhece a diminuição dos trabalhadores assalariados (emprego), com a re-estruturação produtiva do capital diminuiu a ofertas de vagas para assalariados. Ocorre a elevação da produtividade com diminuição de trabalhadores e aumento de jornada.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O modelo de emprego está em crise – existe uma forte pressão neoliberal baseada em técnicas de produção toyotizada que externaliza a produção e fragmenta o trabalho. Esse fatores geram uma nova configuração do mundo do trabalho. Hoje palavras com flexibilização, polivalência são o 'top'. O antigo modelo de trabalhador com conhecimento específico, especializado, o melhor numa única atividade representa um trabalhador desatualizado e não se encaixa mais no sistema, pois a lógica deste mudou. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >O trabalho assume “formas mais desregulamentadas de trabalho”, diminuindo o trabalho estável. Os trabalhadores que não são absorvidos por esta nova modalidade (terceirização) passam a viver de 'bicos', pequenos serviços, coleta de material reciclado, abertura de pequenos comércios (vendinha – quitanda - bazar) e atividades ilícitas.
<br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Para Calligaris a falta de emprego pode causar um grande estrago no ser humano e por consequência nas relações sociais. A perda do emprego é “ fonte de angústia, de depressão e mesmo, às vezes, de 'comportamentos anti-sociais', alcoolismo, violência familiar e condutas criminosas”. A sociedade está pautada numa situação de emprego e não de trabalho. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Na sociedade ainda é muito forte a defesa do trabalho-emprego, no qual o trabalhador tem sempre uma relação de dependência do capitalista, que gentilmente o emprega. Principalmente no Brasil que temos como herança a experiência da escravidão que gera nos homens e mulheres a resignação e submissão. Aceitar ordens, seguir mando, obedecer é uma memória 'genética', impregnada no corpo social. E a falta do emprego (feitor) causa um certo desespero. O que fazer se não temos emprego? Libertai-nos?!</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Calligaris aponta que a perda do emprego está no mesmo nível de fatores como as catástrofes naturais, a morte de uma pessoa amada, o estupro, a doença grave, a separação ou o divórcio. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Com tudo isso fica as questões: Como reverter essa situação? Com que alternativas os trabalhadores contam, para que ao ficarem sem a relação assalariada possam criar condições de trabalho que permita a reconstrução de sua identidade de trabalhador, trabalhador livre, que determina seus ritmos. E não um ser condicionado que vive um sistema de repetição de ações se nenhum questionamento.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" >Visualizo a economia solidária como a possibilidade desta prática ser a conquista de uma nova identidade para os trabalhadores. A possibilidade de uma outra organização social, com outras regras econômicas cria uma nova solidariedade fazendo com que as pessoas se descubram produtivas, capazes de gerar seu sustento sem a dependência do emprego Desta forma resgatar o sentido do trabalho.... no qual o ser humano é capaz de transformar a natureza a seu favor, para melhorar sua condição de vida.</span></p> <div id="sdfootnote1"> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 0.07cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="font-size:100%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote1sym" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1526959224112674149#sdfootnote1anc">1</a></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:100%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">pessoa economicamente ativa</span></span></p><p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 0.07cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">
<br /></span></span></p> </div> Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-65438959789898732832009-06-22T16:27:00.000-07:002009-06-23T15:42:46.115-07:00Educação e Autogestão <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P.sdfootnote-western { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-cjk { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-ctl { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P { margin-bottom: 0.21cm } A.sdfootnoteanc { font-size: 57% } --></style><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>Introdução</b></span></span> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">O trabalho que realizo no Projeto 'Costurando uma Nova Realidade' é uma proposta para promover o desenvolvimento econômico da população. Para isso organizamos uma formação em costura para mulheres da comunidade Jardim Pantanal. </span></span> </p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">O desenho do projeto ocorreu após uma conversa com a Coordenadora do Núcleo de Ação Social, que me forneceu elementos básicos para a organização dos conteúdos. Um dos desejos era que fosse algo a mais do que costuras. Sugeri que fizéssemos uma formação em costura e artes manuais, com o objetivo de constituir um grupo produtivo, mas que isso ocorreria a médio prazo.</span></span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-weight: normal;">Foi elaborado um diagnóstico para analisar a situação social do grupo, houve uma mobilização de pessoas e o estímulo para o trabalho coletivo, incentivo a escolarização e a promoção das potencialidades para a superação dos entraves existentes na implantação de um </span></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><span style="font-weight: normal;">sistema produtivo, através da organização, planejamento e desenvolvimento de um empreendimento solidário.</span></span></span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Em 2008 foi realizada a formação básica e a constituição </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">de um grupo (atualmente) com 12 mulheres. Por todo o momento a técnica, a teoria, a produção e a geração de renda se misturam para proporcionar a compreensão do real. Uma 'educação para o trabalho e a vida coletiva' que se desenvolve em espaços no qual as pessoas assumem responsabilidades compartilhadas. Uma proposta que procura formar uma nova sociedade.</span></span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">São vários os autores que me inspiram para essa prática, no texto a seguir procuro elencar os pontos que considero importantes para minha prática e reflexão.</span></span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>A Educação</b></span></span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">O ponto de partida para essa reflexão é a crítica à educação que procura domesticar as pessoas. “</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Pistrak percebia com toda clareza que uma pedagogia concebida para formar vassalos era inadequada para formar cidadãos ativos e participantes da vida social” (TRAGTENBERG). Mészáros apresenta a educação escolar como fornecedora dos “conhecimentos e o pessoal necessário ao sistema de produção”, como porta voz dos “valores que legitima os interesses dominantes” e por fim como promotora de “conformidade ou consenso” (MÉSZÁROS 2005:35). </span></span> </p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Autores como Pistrak, Paulo Freire, Maurício Tragtenberg, Istiván Mészáros, Moacir Gadotti e Francisco Gutiérrez desenvolveram uma crítica à essa pedagogia que cria indivíduos alienados, a favor dos opressores. Entretanto a educação pode ser um processo de formação de um indivíduo autônomo, que saiba lidar com os obstáculos existentes na vida, sem se entregar a sua anulação. Também um espaço de formação de indivíduos que se conscientizem da sua realidade, que fiquem cientes de si e dos outros. Que passe a ver a situação vivenciada como ‘problema’ a ser superado e procure romper com o ciclo vicioso no qual está inserido; uma educação emancipadora. Para Pistrak a educação é um processo que permite as pessoas superarem o individualismo e o egoísmo (TRAGTENBERG). Entretanto esta é uma visão associada aos que lutam contra a opressão, a dominação e a alienação, ou seja o domínio do capital (MÉSZÁROS). </span></span> </p> <p class="western" style="margin-left: 0.03cm; text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Segundo Tragtenberg, Pistrak acreditava que</span></span></p> <p class="western" style="margin-left: 2.54cm; margin-right: 0.74cm; text-indent: -0.03cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >“<span style="font-family:Arial,sans-serif;">a alternância da teoria com a prática e a abertura permanente ao social, através da participação dos alunos na organização interna da escola, e da instituição, de formas de disciplina no aprendizado constante, pela prática de responsabilidades em função dos direitos e deveres que formariam o novo cidadão.”</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 2.65cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">A educação social</span></span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote1anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote1sym"><sup>1</sup></a></span></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"> procura promover muito mais do que a aprendizagem de um conceito ou técnica, tem por objetivo fazer a educação para o convivo social, buscando contribuir para a formação de um indivíduo-social capaz de reconhecer-se sujeito da história.</span></span><span style="font-size:130%;">
<br />
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; page-break-before: always;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>O processo educativo </b></span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Walter Benjamim afirma que a transmissão de valores sociais só acontece na prática cotidiana e não no discurso conceitual. Esta afirmação também está em Pistrak - “ o fundamental nas instituições [educacionais] decorre muito mais de uma </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><i>prática não verbalizada</i></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"> do que do conjunto dos enunciados solenes de que ela se faz porta-voz”. Isso significa que os processos educativos precisam de situações vivenciadas. De nada adianta a definição de conceitos e técnicas se isso não passará de retórica.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Desta forma educador é um agente de intervenção, contribuindo para a reflexão sobre a realidade, </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">tem sua ação pautada na busca da mudança e da compreensão da realidade. Ator que proporciona um diálogo problematizador, e envolve o educando na busca de soluções. Ele é o canal para o mundo do outro e condutor da reflexão sobre as diferenças. O papel do educador é contribuir para a construção de um indivíduo capaz de conduzir a própria vida.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Neste caso o educador</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">tem de estar disposto a lidar com novas formas de comunicação, formas simbólicas e culturais, muitas vezes não conhecidas, ou ainda opostas ao conjunto de valores que carregamos. Pauta sua ação no rompimento das construções sociais baseadas no senso comum, que constrói a imagem de uma população alienada, sem consciência de si e sem interesse pela participação política e social. Helena Abramo aponta formas de participação política, não-política e também as experiências não-institucionais. Se o educador mantiver seu olhar preso nos modelos históricos de participação, encontrará poucas organizações que o satisfaça e ficará com a ideia de população desinteressada.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Ao estabelecer a relação com o educando, o educador assume a figura de referência e coloca em prática seu conjunto de valores, normas e maneira de ver o mundo. A partir desta contraposição de olhares, o educador será o condutor da reflexão sobre a realidade por meio de um diálogo problematizador que procurará levantar questões sobre a realidade do educando.</span></span></p> <p style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Paulo Freire ressalta que não existe processo pedagógico desinteressado. A educação para os autores citados é um processo que proporciona a pessoa romper com a opressão, libertar-se.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Para que isso ocorra é necessário proporcionar a convivência que promova respeito, solidariedade e desenvolvimento criativo, possibilitando a participação responsável de todos, levando o educando ao protagonismo de sua própria vida. Um aprender-vivendo, a busca de um diálogo sobre queres, fazeres e seres; um pensar sobre o mundo que vai se tornado questionador.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Também é necessário formar e fortalecer vínculos que permitem uma troca de vivência, de medos, de coragens. Os indivíduos vão estabelecendo uma relação de confiança e respeito mútuo, saem do individual a caminho do ser coletivo.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Tragtenberg lembra que o sentido de coletivo para Pistrak é “uma estrutura onde não só as crianças, mas os homens em geral estão unidos por determinados interesses, dos quais têm consciência e que lhes são próximos”. Entretanto não somos criados para viver em grupo, cooperando um com os outros. Por todo momento somos treinados e formados para competir e vencer individualmente.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Esta situação é mais acirrada no mundo do trabalho (emprego), as oferta não cabem a todos. Sendo assim a competição e a disputa são muito grande.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Mas é possível ser diferente, desde que haja interesse para isso! </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Para Pistrak a “aptidão do trabalho coletivo é adquirida no processo do próprio trabalho”, isso não exclui regras e organização, entretanto é necessário a participação de todos os envolvidos e “na medida do possível, ocupem sucessivamente todos os lugares, tanto as funções dirigentes como as funções subordinadas” (TRAGTENBER).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Espaços no qual as situações possam ser vivenciadas é uma ótima experiência de aprendizagem. O “ensino de questões como a divisão de trabalho e o trabalho mecanizado” se dará quando o educando puder ele mesmo realizar as tarefa, sabendo manusear todos os equipamentos. Dando espaço para possibilitar a “criatividade técnica do aluno, tendo em vista a construção de uma nova sociedade” (Pistrak apud Tragtenberg). </span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">A vivência num coletivo permite a cada pessoa condições de se desenvolver, de crescer pelos seus próprios meios e de se organizar numa base social. É um processo flexível, que pode ser “adaptável a cada momento, (...) com um plano de atividade autônomo, mutável conforme as circunstâncias” (TRAGTENBERG), podendo ser alterado pela maioria dos participantes do coletivo.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">O educador nesta relação, segundo Pistrak “é o de facilitar as crianças, sem esmagar suas iniciativas sob sua autoridade, nem abandoná-las a pretexto de não intervir, um meio termo é fundamental”.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Nesta minha práxis procuro constituir um espaço de formação para que as pessoas envolvidas em tal processo possam caminhar para a auto-organização. Este é um grande desafio a ser perseguido e praticado por um legítimo coletivo.</span></span></p><span style="font-size:130%;">
<br /></span><span style=";font-family:Arial,sans-serif;font-size:100%;" ><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote1sym" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1526959224112674149#sdfootnote1anc">1</a>Alguns autores a define como educação popular.</span><span style="font-size:130%;">
<br /></span><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; page-break-before: always;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">
<br />
<br /><b>Bibliografia</b>
<br />
<br />
<br />ABRAMO, H.</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b> Observatório Jovem – participação e organizações juvenis</b></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">, in SÃO PAULO (prefeitura). PROJOVEM – formação de gestores municipais e educadores – textos selecionados para formaçõa inicial.
<br />
<br />BENJAMIN, W. </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação</b></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">. São Paulo, Duas Cidades; editora 34, 2002.
<br />
<br />FREIRE, Paulo. </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>Pedagogia do Oprimido</b>
<br />
<br />MÉSZÁROS, István. </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>A Educação para além do capital</b>
<br />
<br />SEVERO, Antonio J. </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>Preparação técnica e formação ético-político dos professores</b></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"> in BARBOSA, R. L. L (org.). Formação de educadores – desafios e perspectivas. São Paulo. Unesp. 2003.
<br />
<br />GADOTTI, M.</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"> e GUTIÉRREZ, F.</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b> </b></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"> (org). </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"><b>Educação Comunitária e Economia Popular</b></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">. 2ª edição. Cortez. São Paulo. 1999.
<br />
<br />TRAGTENBERG, M.<span style="font-weight: bold;"> Pistrak: uma pedagogia socialista</span>.
<br />
<br />WIRTH, </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;">Ioli Gewehr </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="font-family:Arial,sans-serif;"> et. al. <span style="font-weight: bold;"> Educação Popular e autogestão: alguns elementos para metodologia de incubação.</span></span></span></p>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-23379813633631021052009-05-18T15:53:00.000-07:002009-05-18T16:07:55.549-07:00Impressões de leitura do texto " Dimensões da precarização estrutural do trabalho" - Ricardo Antunes <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P.sdfootnote-western { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-cjk { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-ctl { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P { margin-bottom: 0.21cm } A.sdfootnoteanc { font-size: 57% } --> </style> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Ricardo Antunes faz uma leitura muito atual sobre o 'mundo do trabalho'. Os processos de mudanças, as forças envolvidas e a nova configuração.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Para iniciar a reflexão aborda o surgimento de uma nova forma de organização do trabalho, mais flexibilizada (toyotismo), na qual os custos da produção são externalizados. Para isso demostra como o modelo de produção fordista/taylorista</span></span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote1anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote1sym"><sup>1</sup></a></span></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"> sofreu um grande abalo com a utilização de maquinários que melhoram e aumentam a produção. O autor reconhece que ocorreu uma diminuição dos trabalhadores assalariados, ligados diretamente com o sistema fordista/taylorista. </span></span> </p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">A reestruturação produtiva do capital diminuiu a ofertas de vagas para assalariados. Ocorreu a diminuição da necessidade de trabalho humano, o trabalho passa a ser realizado por máquinas. Esta é a contradição atual, muita força viva de trabalho e muitas tecnologias eletro-mecânica que diminuem a necessidade de trabalho humano. Ocorre a elevação da produtividade com diminuição de trabalhadores e aumento de jornada. A indústria de confecção é uma grande expressão desta reestruturação produtiva</span></span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote2anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote2sym"><sup>2</sup></a></span></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">. É enorme a quantidade de trabalhadoras residenciais que realizam atividades produtivas para este setor, como também as 'oficinas de costura' que oferecem trabalho remunerado por produção, sem registro, e com grandes jornadas sazonais.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">As condições de trabalho precário no mundo da indústria de confecções revela as relações de trabalho na atualidade. Márcia Leite expõem o acelerado processo de terceirização do trabalho e também do trabalho realizado 'livremente' na residência. Situação que faz com que o trabalhador assuma todo os custos da produção (luz, local, água). O controle dos meios de produção (equipamentos – máquinas) muitas vezes são dos contratadores que emprestam (cedidas) para a realização do trabalho.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">A nova lógica do capital, lembra Antunes, inclui a transferência dos locais/plantas de produção, sempre procurando os locais que oferecem menores custos. Existe um aumento das empresas de terceirização, locadoras de força de trabalho de perfil temporário sem direitos, ou com eles diminuídos, que absorve parte da massa desempregada.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Na nova configuração do trabalho existe uma diminuição da necessidade de trabalho vivo. Parte dos trabalhadores são colocado a disposição (desemprego) e acabam migrando para outras atividades (formais ou não). Ou seja, o excedente é desviado para outras áreas que se ampliam, como os serviços de segurança, portaria, limpeza, entregas, serviços gerais, que passam a ser oferecidos por empresas especializadas, cresce o mundo dos serviços. Também explode as iniciativas 'caseiras' para gerar trabalho e renda, com o 'empreendedorismo' pessoal, no qual o trabalhador passa a exercer uma atividade profissional por conta própria.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Agora o trabalho assume “formas mais desregulamentadas”, diminuindo o trabalho estável. Os trabalhadores que não são absorvidos por esta nova modalidade (terceirização) passam a viver de 'bicos', pequenos serviços, coleta de material reciclado, abertura de pequenos comércios (vendinha – quitanda - bazar) e atividades ilícitas.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Antunes argumenta que para o plano neoliberal de desregulamentação do trabalho acontecer é necessário o desmonte da legislação social protetora do trabalho. No Brasil as leis trabalhistas passam por uma 'flexibilização' para garantir a empregabilidade. Os trabalhadores perdem direitos e o sistema de proteção ao trabalhador recebe uma pressão para sua diminuição. Novas categorias de trabalhadores foram criadas, com pouco ou nenhum vínculo com o local de trabalho, com colegas de profissão e com a própria atividade, que a todo instante pode ser substituída por outra mais rentável, ou deixar de existir por desemprego (intensificação do processo de alienação).</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O autor não concorda com a ideia de 'fim do trabalho', pelo contrário, fala sobre a “polissemia do trabalho, uma nova morfologia”. O trabalho apresenta um desenho multifacetado resultado das fortes mutuações que abalaram o mundo produtivo do capital. Antunes, ressalta que dentro desta polissemia existe uma descaracterização da ideia de cooperativismo, tornando-se forma de precarização do trabalho com a diminuição dos direitos. Outra expressão dessa polissemia e forma de ocultar as relações de trabalho assalariado é o empreendedorismo (consultores – prestadores de serviço, autônomos) que permite diversas formas de “flexibilização salarial, de horário, funcional ou organizativa”. O autor defende que isso é uma fórmula para extração do “sobretrabalho”, destruindo a conquista dos movimentos populares de trabalhadores.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Antunes procura definir quem é a atual classe trabalhadora, e a define como “</span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">a totalidade dos assalariados, dos que vivem da venda da sua força de trabalho, os despossuídos dos meios de produção”.</span></i></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"> Configura-se a partir da classe do operariado industrial fordista/taylorista e das novas formas de trabalho que se ampliam, que assumem a lógica da flexibilidade – 'toyotizada', se materializam nas atividades ligadas principalmente ao mundo dos serviços</span></span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote3anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote3sym"><sup>3</sup></a></span></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">, através da terceirização, subcontratação e trabalhos temporários.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">A informalidade no trabalho é o novo desenho da classe trabalhadora, esta fica desprovida de direitos, ocorre um rebaixamento salarial. Para o autor a classe trabalhadora brasileira assume esta nova forma de ser – multifacetada e fragmentada.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Este é um ponto interessante para observação – uma classe trabalhadora multifacetada e fragmentada. Ou seja, a nova classe trabalhadora é formada por milhares de pessoas que exercem atividades, outras, que não a venda da força de trabalho para o capitalista? Ou só existe classe trabalhadora se houver venda da mão de obra para o capitalista?</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Portanto, posso acreditar que existam muitas situações de trabalho na qual o trabalhador atue sozinho, ou em pequenos grupos de forma independente deste sistema de assalariamento</span></span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote4anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote4sym"><sup>4</sup></a></span></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">. Os marceneiros, os tapeceiros, mecânicos, costureiras sob medida, quituteiras, que executam seus trabalhos em pequenas oficinas e atuam com um ajudante ou até mesmo sozinhos</span></span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote5anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote5sym"><sup>5</sup></a></span></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">. Não seria justo com estas pessoas, não considerá-las trabalhadoras por não estarem numa relação de assalariamento. Elas também não são empreendedoras, nem micro empresários. São pessoas que procuraram formas de trabalho e renda, outra que não o sistema industrial e comercial (assalariamento). Os motivos que levam a constituição deste grupo de trabalhadores são diversos, talvez por falta de 'trabalho formal', por não conseguir incluir-se no sistema de emprego. Ou mesmo por acreditar que o 'mundo formal do trabalho' é humilhante e não querer se expor a esta relação. </span></span> </p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Estas ocupações laboriosas que citei são formas de trabalho pouco ou não alienadas. Os trabalhadores destas atividades podem ditar o ritmo do trabalho, planejam suas atividade e a realizam por completo. Desta forma os trabalhadores têm o controle do início ao fim.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Mesmo com pequena expressão essa outra forma de trabalho sempre existiu, no mundo e no Brasil. Nunca existiu uma única classe trabalhadora totalmente assalariada. Reconheço que este modelo de trabalho (emprego) é predominante, emprega a massa. Entretanto muito trabalhadores mantem-se possuidores dos seus meios de produção e determinam seu ritmo de trabalho</span></span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote6anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote6sym"><sup>6</sup></a></span></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O problema que ocorre neste caso, é a já citada fragmentação, a falta de consciência de classe dos trabalhadores, de acesso aos direitos trabalhistas, etc. Entretanto, por todo momento que se desenvolveu um sistema de trabalho fordista/taylorista co-existiu esta forma de trabalho, muito próxima das corporações de ofícios, formas de trabalho individual e familiar. Parece uma resistência ao sistema capitalista que perpetua a idéia de emprego. Trabalhador tem emprego e não trabalho, ele depende de seu empregador não de seu trabalho... Perde sua autonomia, seus meios de produção, fica a mercê do jogo do capital.</span></span></p> <p class="western" style="margin-right: 0.09cm; text-indent: 1.21cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Na sociedade ainda é muito forte a defesa do trabalho-emprego, no qual o trabalhador tem sempre uma relação de dependência do capitalista, que gentilmente o emprega. Principalmente no Brasil que temos como herança a experiência da escravidão que gera nos homens e mulheres a resignação e submissão. Aceitar ordens, seguir mando, obedecer é uma memória 'genética', impregnada no corpo social. E a falta do emprego (feitor) causa um certo desespero. O que fazer se não temos emprego? Libertai-nos?!</span></span></p> <div id="sdfootnote1" style="font-family:arial;"> <p class="sdfootnote-western" style="widows: 0; orphans: 0;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote1sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote1anc">1</a></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span lang="pt-BR">Este modelo de produção permitiu o grande desenvolvimento industrial e por consequência da classe trabalhadora.</span></span></p> </div> <div id="sdfootnote2" style="font-family:arial;"> <p class="sdfootnote-western" align="justify"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote2sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote2anc">2</a>Sobre o tema: LEITE, Márcia de Paula. Tecendo a precarização: gênero, trabalho e emprego na indústria de confecção em São Paulo. 2004 . Pesquisa apresentada no XXVIII encontro Anual da ANPOCS.</span></p> </div> <div id="sdfootnote3" style="font-family:arial;"> <p class="sdfootnote-western"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote3sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote3anc">3</a>O autor cita diversas atividades – telemarketing, motoboy,digitadores, porteiros e faxineiros, ale dos assalariados dos hipermercados (grandes redes de varejo). Também posso citar que os serviços de oficinas de costura e costura à domicílio se enquadram nesta análise – ver LEITE, M. </span></p> </div> <div id="sdfootnote4" style="font-family:arial;"> <p class="sdfootnote-western"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote4sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote4anc">4</a>Venda da força de trabalho para o capitalista.</span></p> </div> <div id="sdfootnote5" style="font-family:arial;"> <p class="sdfootnote-western"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote5sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote5anc">5</a>Esta atividades ocorrem nos bairros, são feitas diretamente ao 'consumidor'. Muitas são informais, pequenas e para subsistência, mesmo com a existência de ajudantes.</span></p> </div> <div id="sdfootnote6" style="font-family:arial;"> <p class="sdfootnote-western"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote6sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.do#sdfootnote6anc">6</a>Pode ser que suas condições de vida material não seja elevada, mas o trabalhador assalariado também vivem em péssimas condições.</span></p> </div> Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-71982278007208377002009-04-17T09:20:00.000-07:002009-05-01T12:16:36.696-07:00Política Pública de Economia Solidária na Argentina e na Venezuela.<style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Apresentarei, a partir da bibliografia citada, uma visão sobre a política praticada para promoção do cooperativismo na Argentina e na Venezuela.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Novaes elabora impressões sobre a Venezuela que demostram a busca de uma nova política, a criação de um novo Estado, mais democrático e justo. Argumenta que a Venezuela sempre esteve no sistema de dependência dos centros econômicos (Europa-EUA), e que no momento atual busca alternativas para o desenvolvimento através de um governo que almeja transformações sociais.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Na Argentina foi implementado o “Plano de Desenvolvimento Local e Economia Social (“Manos a la obra”), o carro-chefe de Kirchner para a PPGTR” (Novaes et.al.), que prevê o fomento ao setor da economia social para inclusão da população em vulnerabilidade social, principalmente os beneficiários do 'jefes e jefas de hoga'. Inclui apoio técnico e financeiro a empreendimentos produtivos, fortalecimento de organizações públicas e privadas, espaços e redes associativas. </span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Novaes aponta que na Venezuela existe uma conexão entre discurso e prática da política pública de apoio ao cooperativismo como possibilidade da transformação social. Entretanto considera que falta um projeto, um direcionamento e um referencial teórico. A politica pública é executada a partir de diversas correntes de “pensamento de esquerda” que procuram convergir para o mesmo ponto. A filosofia política cooperativista pode fazer parte da revolução democrático popular que acredita que o cooperativismo é um dos pilares do socialismo do século XXI. O outro pilar é a educação. Ao criar um sistema paralelo Chávez desenvolve um currículo que atende às necessidades do desenvolvimento integral do país, no qual o projeto formativo atende a um determinado projeto de país (sociedade). Mobiliza elementos de formação, organização sócio-politica e produtiva que servem de base para uma nova organização sócio-econômica. A criação de cooperativas aparece como uma ferramenta que possibilita uma melhor qualidade de vida e o marco do socialismo do século XXI que vem se desenvolvendo.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;font-size:130%;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="">Os envolvidos na política de promoção do cooperativismo na Argentina “demonstram uma não opção por uma outra sociedade, baseada no trabalho com sentido social, prazeroso, desalienante, reforçando ainda mais a nossa hipótese de contenção social” (Novaes et.al. p.10). Ainda buscam as tradicionais relações de trabalho - patrão-empregado. A política de apoio ao cooperativismo é uma estratégia para combater o desemprego, não é tema principal no cenário nacional tão pouco prioridade na agenda do governo. </span></span>As ações do governo argentino são “<span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="">pontuais, desconexas e insuficientes em âmbito nacional, o que acaba conferindo à política um forte caráter assistencial”. Novaes et. al. apontam que são poucas as “tentativas de ruptura da feudalização do Estado – característica genética do Estado capitalista, onde cada Ministério executa uma parte da ação, não planejando o todo”.</span></span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Os autores apresenta uma visão histórica dos dois países, por considerarem importante o conhecimento do passado, entender a formação do Estado, procurando evidenciar a ordenação das forças políticas.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">A Venezuela passou por processos populares para a conquista da independência - guerra civil de 1911 a 1821. Uma economia pautada na produção agro exportadoras e posteriormente petrolífera. O acordo entre partidos conservadores, o Pacto del Punto Fijo – mantém um Estado democrático entre alguns poucos que detinham o poder. </span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Novaes aponta a crise do petróleo na década de 1980 como um motivador do processo neoliberal - abertura da economia, privatização de empresas, desregulamentação da economia, na Venezuela. O petróleo teve papel importante como regulador da economia, era tanta a fartura que sobrava para distribuir aos pobres de forma populista. Esta situação mantém-se até a década de 1990 quando deixa de funcionar e a população venezuelana 'mergulha na miséria'. Em 1995 a pobreza extrema atingia 35% da população.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Na Argentina é depois de 1970 que inicia-se um processo de desindustrialização, empobrecimento e vulnerabilidade. Em 1991 com o processo neoliberal em andamento é adotada a paridade cambial, políticas de abertura comercial, privatização e desnacionalização da economia, para não falar nas reformas trabalhista, previdenciária, tributária e na liberalização financeira (Novaes et.al.). Um processo de concentração e centralização de capital (Azpiazu e Basualdo:2001) que redesenha o cenário do poder econômico no país, a maioria das grandes empresas estão nas mão de capital estrangeiro. </span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Para Novaes et. al., a implantação de um ajuste estrutural e recessão provocaram uma 'forte fragmentação social', com perdas de direitos sociais, reformas trabalhistas. Com isso o aumento do desemprego e das atividades informais. Mas nem tudo foi perda, “a classe média argentina e outros setores da elite aprofundaram a ostentação de um padrão de vida baseado em viagens ao exterior e importação maciça de bens de consumo”(Novaes et. al. p.4).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Os autores explicitam que em 2002 mais da metade (54,3%) da população da Argentina estavam abaixo da linha da pobreza e os maiores índices de desemprego.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;font-size:130%;" >Também apresentam o contexto no qual ocorre as eleições nos países abordados. Na Venezuela Chávez assume o poder e propõe uma nova organização social que procura nas bases populares um apoio para aplicar as mudanças. Na Argentina Néstor Kirchner foi eleito com apenas 22% dos votos, após a desistência de Menem. Observam a ausência de uma ruptura política e ocorre a manutenção dos mesmos grupos de poder.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Novaes apresenta as ações do governo venezuelano: as Missões são planos sociais que buscam atingir a classe popular e também uma parcela da classe média. Segundo Rattner (apud Novaes) as Missões são orientadas para a mobilização e conscientização das comunidades através de conselhos, consultas populares, orçamento participativo, etc. (talvez seja este o único instrumento de planejamento para as transformações).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">As missões estão dentro do projeto de desenvolvimento social endógeno, algumas atuam com medicina comunitária e contam com médicos cubanos, devido a recusa dos médico venezuelanos em participar do projeto. Também existem projetos de construção civil, com o desenvolvimento de novas tecnologias; cooperativas de confecção de vestuário e calçados. Como estratégia foi criado um mercado com preços baixos para acesso popular. Para garantir a sobrevivência destas cooperativas o governo através das empresas estatais (PDVSA) e serviços públicos (escolas/creches) adquirem os produtos destas cooperativas e hortas.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O autor procura mostrar que foram diversas as Missões implantadas desde missões que proporcionam acesso a alimentação sadia, com produtos vindo de hortas comunitárias até o comércio de roupas e sapatos produzidos pelas cooperativas. Ressalta que existe um boicote da elite, inclusive paralisaram alguns setores produtivos e outros mantiveram com baixa produtividade. Para combater o boicote, Novaes aponta a criação do Megamercal que vende de tudo e também algumas iniciativas de expropriação das fábricas.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Outras Missões estão ligadas a formação de cooperativas e também de espaços educativos. No primeiro caso, é uma proposta de inserção em massa da população em processos de capacitação para o trabalho, com a inserção em algumas atividades produtivas. Um mega projeto que envolve grandes números. Dialogam diversos elementos de formação, organização sócio-politica e produtiva que servem de base para uma nova organização sócio-econômica. A criação de cooperativas aparece como uma ferramenta que possibilita uma melhor qualidade de vida e o marco do socialismo do século XXI que vem se desenvolvendo.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Ainda existem as missões que tem uma atuação mais ampla, que vão além da educação escolar. Houve distribuição de livros em praças, restauro de edifícios, acesso a teatro e cinema para a população comum. A escolarização faz parte dos planos, incluindo a alfabetização até a universidade. Este é um ponto importante na missão educacional. Chávez criou um sistema universitário paralelo para a massificação do ensino. Novaes ressalta, que existe pouco investimento em pesquisa, mas a Universidade Bolivariana da Venezuela é um incentivo à formação de profissionais com compromisso público e também por formar um 'novo homem com traços humanísticos, comprometidos e solidário'. São 10 áreas de formação comprometidas com a implementação do projeto Bolivariano.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Novaes et. al. apresenta a política pública de promoção ao cooperativismo na Argentina é desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Ministério do Trabalho, Emprego e Seguridade Social (MTEySS), o Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social (INAES), o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI), dentre outros. O governo argentino desenvolveu o “plano manos a la obra e a política de promoção do cooperativismo”. O INAES e INTI são os órgãos responsáveis em realizar esta política através de atendimento às cooperativa e as mutuais. Assessoria para formalização jurídica e no acesso a financiamento, para que sejam autônomas e competitivas. O Ministério do Desenvolvimento Social “tem o propósito de formular políticas e ações a fim de fomentar a consolidação de uma Economia Social argentina, baseada na cooperação, na ajuda mútua e na promoção social” (Novaes et. al. 12).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O sistema cooperativista que foi implantado na Argentina está ancorado no financiamento do Estado, e sem “as cooperativas por eles criadas, imediatamente as mesmas cairiam”. Os investimentos em “adequação Sócio-Técnica nas cooperativas demandariam um tempo muito maior do que o estipulado pelos órgãos de governo”, o que acaba não acontecendo. A política de apoio ao cooperativismo se restringe a “assessoria burocrática às cooperativas populares”. O INTI fornece “apoio tecnológico (orgware, hardware e software) às Fábricas Recuperadas e às Cooperativas, por meio de projetos de extensão”.Os autores explicitam que essa assessoria do INTI é uma demanda forçada, pois não parte do MDS. Entretanto é uma tentativa de inserir o enfoque tecnológico numa pequena parcela das PGTR. </span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Por fim fazem uma crítica à desconexão da política de geração de trabalho e renda com a política de ciência e tecnologia. Os autores indicam uma falta de entendimento entre planejadores e executores e sobre a necessidade de uma “outra base cognitiva tecnológica para as cooperativas”, diferente da que serve ao sistema atual, da acumulação de capital e não da autogestão. Na argentina, o “cooperativismo está pautada na idéia de contenção social ao desemprego em massa”, o governo mantém a visão tradicional das relações de trabalho, procurando recompor a taxa de emprego formal.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Considerações: </span></b></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;font-size:130%;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Os dois textos apresentam um contexto amplo, um panorama sócio-político situando o leitor no processo histórico. A</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=""> leitura permite perceber que os contexto no qual a proposta cooperativista vem sendo implantada é muito parecida nos dois países. Dominação do capital financeiro, diversas crises e desmonte do Estado, fragilização e vulnerabilidade dos setores populares. A invasão neoliberal ocorre progressivamente pelos países latinos americanos. Talvez a Venezuela possa ser um dos primeiros projetos neoliberais, principalmente pela dependência externa para abastecimento interno, que com a crise da década de 1980 se mostrou mais acessível. A Argentina com o processo de desindustrialização também se torna mais dependente do exterior e com a dolarização perde de vez o capital nacional. </span></span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Entretanto as políticas implantadas tem uma diferença de grau. Na Venezuela pretende-se implantar uma novo modelo de Estado, no qual o cooperativismo é a base social e coletiva da organização do Estado, e na Argentina o que se busca são estratégias para retomar o 'estado de pleno emprego', sem que ocorra um rompimento com a lógica do trabalho assalariado. É a manutenção do Estado através da adequação as exigências do mercado neoliberal.</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.54cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Os Movimentos Sociais na Venezuela são apresentados pelo autor com certa fragilidade, esse fato pode ser devido às mudanças estarem sendo feitas de cima para baixo, e somente agora existir espaço para diálogo com as forças populares e espaço para elas se organizarem. </span></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.47cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Faz comparações e aproximações com situações brasileiras em relação a mentalidade médica, no processo de desenvolvimento econômico, na elite política conservadora e democrática e na reestruturação neoliberal. Também em relação a SENAES e o modelo de sua política.<br /><br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Bibliografia</span><br /><br />Noaves, Henrique T. Os miseráveis fazem história: um panorama das Missões Educacionais e de geração de trabalho e renda na Venezuela.<br /><br />Novaes, Henrique T.; Serafin, Milen; Dagnino,Renato. A filosofia da Política Pública para promoção do cooperativismo na Argentina (2003-2007).</span></span></span></p>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-59418981187253408182009-04-10T08:06:00.000-07:002009-05-01T12:03:30.025-07:00A construção de uma Política Pública de Economia Solidária.<span style=";font-family:arial;font-size:130%;" > </span><style type="text/css"><!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="text-indent: 1.75cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Ambos os textos tratam das questões relativas a formulação de políticas públicas para fortalecer e desenvolver a economia solidária.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.64cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Apresentam como preocupação a construção de uma política em bases sólidas para que resistam ao tempo e as ideologia dominante do capitalismo.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.67cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Nesta construção foram definidos 3 segmentos para para reflexão e fortalecimento: os empreendimentos; as organizações de fomento, assessoria e apoio; e a rede de gestores públicos. Bertucci define a construção nestes moldes como resultado do processo de um ator coletivo.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.67cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A Carta de Princípios e a Plataforma de Luta estão em torno de 7 eixos que foram discutidos nas Conferências Estaduais (27) e Nacional e formam as bases para a luta:</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.5cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> 1- produção, comercialização e consumo;</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.5cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> 2 - reconhecimento da organização social da economia solidária;</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.5cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> 3- Marco legal – legislação que defina a Ecosol como um setor diferente da economia capitalista e estatal; </span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.5cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> 4- sistema de finanças solidárias diferente dos sistema existente;</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.5cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> 5- inserir a Ecosol na educação;</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.5cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> 6- democratização do conhecimento e tecnologia</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.5cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> 7- política de comunicação para o reconhecimento da Ecosol ampliação de sua prática</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.67cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> O autor reconhece a implantação da Política Pública (PP) de Ecosol como o resultado de um processo coletivo de conquista de espaço na pauta governamental. O discurso de Bertucci traz a voz da luta dos setores que buscam proporcionar a propulsão do conhecimento e dos princípios da Economia Solidária.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.68cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A Rede de Gestores definiu um<span style=""> conjunto de diretrizes para a política de economia solidária todas a partir de experiências em curso e debates realizado. Este grupo concebe a Economia Solidária como uma e</span>stratégia de resistência e lutas sociais contra o desemprego e a pobreza. Através de atividades no qual o ser humano é mais importante que o capital. O trabalho assume o caráter associativo e autogestionário, com produção de riqueza, <i><u>com inclusão e desenvolvimento econômico, social e cultura – sustentabilidade, equidade e democratização</u></i>.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> O fomento da Ecosol por parte do governo é um reconhecimento da existência dos atores sociais que fazem surgir novos direitos, novas formas de produzir, reproduzir e distribuir os bens socialmente. Também requerem recursos públicos para investimento e desenvolvimento desta forma de ser. Até o momento a Ecosol para realizar-se conta com estratégias própria (mov. Social / ong's) e com apoio de política residuais – Programa Oportunidade Solidária. </span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Essa visão está ligada ao lugar que a Ecosol tem na espera governamental. A autora relata que o aparato estatal ainda promove, apóia e sustenta o modelo capitalista e não consegue visualizar a possibilidade de organização sócio-econômica que não funcionem nesta lógica. A economia popular ainda é vista como residual, sem importância econômica, e compensatória aos impactos das inúmeras crises do capitalismo, política para pobre.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Todos os textos afirmam que a PP de Ecosol é uma política de desenvolvimento – não podem ser relegadas a políticas assistenciais ou compensatórias – podendo ser uma estratégia emancipatória para beneficiários dessa políticas. Desta forma existe uma demanda de ações que articulem instrumentos das várias áreas – educação, saúde, trabalho, habitação, desenvolvimento econômico, tecnologia, crédito etc. - gerando um contexto propulsor de emancipação e sustentabilidade. Outro aspecto importante é levar em consideração a diversidade dos sujeitos e de suas demandas, a PP precisa permitir acesso múltiplo a seus instrumentos e mecanismos.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Ângela Schwengber apresenta as diretrizes para PP de Ecosol:</span></p> <p class="western" style="text-indent: 0.07cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Objetivos da política pública </b>– garantias de direitos e equidade de gênero e etnia; combate a pobreza; melhoria das condições de trabalho e renda; promoção do desenvolvimento e sustentabilidade social; reconhecer e fomentar as diversas formas de organização de Ecosol e incentivar a participação social dos trabalhadores; a visibilidade e legitimidade da Ecosol; garantir acesso ao fomento; promover a inter-relação entre as diversas políticas públicas para fomento da Ecosol;</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Instrumentos da Política</b> – formação, educação básica e capacitação ocupacional; apoio aos empreendimentos através de incubação, articulação de arranjos produtivos até a consolidação dos empreendimentos; programas para acesso ao crédito; organização e constituição da demanda e oferta dos bens de consumo – compras públicas e acesso a mercado, logística e infra-estrutura; marco legal regulatório direcionado as necessidades de Ecosol.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Público alvo</b> - todos que queira se organizar na forma de economia popular solidária (Termo referência SENAES). Entretanto terão prioridade aqueles que vivem em situação de maior vulnerabilidade social. Principalmente os que estiverem dentro dos programas redistributivos e de formação para o trabalho.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Discussão sobre o lugar Institucional da PP de Ecosol.</b></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> O lugar mais estratégico é o responsável por promover políticas de desenvolvimento e que tem capacidade de articular ações integradas e intersetoriais. Entretanto este espaço ainda não existe e é necessário construí-lo.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Colaboração entre os Entes Federados</b> – busca de ação integrada e complementar, evitando sobreposições e fragmentação de recursos. Potencializar os impactos das ações e fixar estas como políticas de Estado.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Participação e controle social </b>- elementos constitutivos fundamentais das políticas públicas. A participação deve ser na formulação, desenvolvimento e avaliação das políticas públicas – aperfeiçoamento constante e legitimação.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Considerações:</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Em linhas gerais o discurso de Ademar Bertucci, ao meu ver, é mais direcionado a propagar, divulgar e, tornar público as formas e princípios da Ecosol. E no discurso de Ângela Schwengber, existe uma proposta, um modelo de organização estatal para a realização da Ecosol, isto é totalmente coerente em relação ao grupos que representam.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Ambos os documentos colocam a PP de Ecosol com estratégia de desenvolvimento. Concordo que possa ser uma estratégia para o desenvolvimento, mas não de inclusão. Pois incluir, ao meu ver, significa colocar no que já existe. A Ecosol busca a construção de uma outra relação humana não-capitalista, que por seus princípios não é excludente. Talvez a Ecosol 'dialogue' com o sistema capitalista.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A minha impressão dentro da perspectiva do meu trabalho é que esta coisa toda (formulação da política) é importante, mas também distante. Acredito que esta discussão esteja preocupada com o âmbito político-administrativo – conceitual. A construção das bases de uma política ampla, que pretende romper com uma lógica que a muito foi perpetuada.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> No documento final – I Conferência - existe o reconhecimento da dificuldade de fazer a PP chegar aos empreendimentos. Entretanto são nos empreendimentos que ocorrem as mudanças nas concepções de mundo, de necessidades e satisfações. </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >A realização da I Conferência foi o espaço para o reconhecimento de milhares de pessoas como produtoras e consumidoras da riqueza social. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Patrícia (monitora do curso) fez o seguintes comentários:</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Sobre: 'A Ecosol busca a construção de uma outra relação humana não-capitalista, que por seus princípios não é excludente. Talvez a Ecosol 'dialogue' com o sistema capitalista'.</span></p> <ul style="font-family:arial;"><li><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Essa idéia é bastante interessante, você poderia explorar mais o que é esse diálogo com o sistema capitalista e como isso se diferencia de “incluir” nesse mesmo sistema</span></p> </li></ul> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.26cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">e sobre: 'A construção das bases de uma política ampla, que pretende romper com uma lógica que a muito foi perpetuada'.</span></span></p> <ul style="font-family:arial;"><li><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Aqui você destaca outro ponto muito importante que pode desenvolver posteriormente em outros trabalhos que <i>é a construção de um projeto de economia solidária para além das estruturas do Estado</i>.</span></p> </li></ul> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Bertucci, Ademar. Diretrizes para uma Política de Economia Solidária no Brasil: A contribuição da Rede de Gestores.</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Schwengber, Ângela. Conferência Nacional de Economia Solidária. Plenária: informes e encaminhamentos para o GT's sobre o Eixo III e Documento Final.</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;font-family:arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><br /></span></p>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-49666438576277287282009-04-05T13:03:00.000-07:002009-05-01T09:18:33.893-07:00Reforma do Estado e o Estado Necessário <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="center"><span style="font-size:130%;"><b>Vídeo-aula - Professor Renato Dagnino</b></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="center"> <span style="font-size:130%;">Anotações sobre o tema.</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="center"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="center"> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P.sdfootnote-western { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-cjk { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-ctl { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P { margin-bottom: 0.21cm } A.sdfootnoteanc { font-size: 57% } --> </style> </p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;"><span style="font-size:130%;">O prof. Renato Dagnino apresenta a organização política do Estado a partir deste ponto de vista.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;"><span style="font-size:130%;"><u><b>Reformas do Estado</b></u></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;"><span style="font-size:130%;">O Estado se concretiza a partir das resoluções de agenda, são 3 tipos de agendas:</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><b>Pública – sistêmica , constitucional </b>– problemas que afetam e preocupam os atores sociais não são vistos como problemática a ser resolvida pelo Estado. Os movimentos sociais apontam para as questões mas o governo se aliena.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><b>Governamental</b> – institucional, formal - problemas que interessam ao governo propostos por uma coalizão política, um grupo de atores sociais (representante do capital) – investidos de poder impõem um projeto político – uma Agenda para o Estado.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><b>Decisória </b>- objeto de decisão - qual projeto será incorporado ao programa de execução. A escolha será pela capacidade de influência e persuasão dos atores envolvidos ( Movimentos sociais, grupos políticos, etc). É um jogo de interesse, um processo de coerção e convencimento.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Ponto importante - A agenda decisória não é apenas constituídas por conflitos abertos. Existem os conflitos escondidos - latentes ( subordinado - - dominados – não tem consciência que a ação do outro o prejudica).</span></p><span style="font-family: arial;font-size:130%;" >
<br /></span><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><u><b>Estado , governo e sociedade. - processo de mudança </b></u></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Porque o Estado muda – resoluções das agendas decisórias.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Os movimentos e lutas sociais fazem com que os conflitos latentes aos pouco vão tornado-se abertos. É um processo de conscientização que faz com que o ator político, que tem o conflito latente, passe por um processo no qual consegue transformar esse conflito em aberto, um processo de tomada de consciência que somente ele pode fazer. </span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">A transformação do Estado e a inclusão da agenda dos mais fracos (subordinados – conflitos latentes) na agenda decisória é o resultado das lutas e movimentos sociais e por consequencia criam espaços e acessos, entram na luta para impor sua agenda.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Existe uma dificuldade em aplicar uma 'Nova Agenda' com interesse que vissem as demandas que há muito são negadas á população. </span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">A resistência da classe dominante esta ancorada na forte malha criada por suas relações e interesses. Forma uma rede entre a classe dominante que impede que o 'tecido social' se rompa, pelas demandas dos 'excluídos' dos bens produzidos socialmente.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">O Estado é o resultado de constantes agendas políticas que vão se consolidado através das forças políticas existentes – atores sociais.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">O capitalismo incorpora as agendas políticas, e muitas vezes as moldam as suas necessidades. Mas ao longo da história se transformou, de uma Estado controlador, para um Estado 'livre', que sua principal função é gerenciar a sociedade de modo a manter o 'status quo'. Com algumas concessões para que não ocorra conflitos abertos.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">O Estado herdado vem de uma formação ditatorial (64-85), a Nova Constituição (1988) busca implementar alguma mudanças na estrutura do Estado. Por, parte a Constituição de 88 foi resultado da força dos movimentos sociais que a tempo vinham revindicando espaço para propor a Agenda, entrando na pauta da Agenda Decisória.</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Reconhecimento dos direitos Indígenas (art 231 e 232), quilombolas e outras populações tradicionais (ADTC – art. 68). Incorporação da Agenda Ambiental (art.225), entre outras.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Com o advento do governo Collor o projeto neo-liberal tem início e com FHC é aprimorado... forma se um 'Estado Gerencial'. Passa a adotar práticas do setor privado, desmoraliza o Estado com a desvalorização dos funcionários públicos e das condições de trabalho, fazendo com que a sociedade aceite a idéia da privatização do Estado devido sua ineficiência. A desnacionalização e abertura econômica surge como natural, o desemprego é o mal necessário. Desta forma o Estado assume nova configuração – neo-liberal- Estado mínimo, nos serviços sociais e atendimento à população. E máximo com a s grandes corporações mundiais.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><b>As regras do Jogo</b></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><b>Estado Necessário: para que?</b></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Para atender as demandas sociais desprezadas e insatisfeitas por um longo período, uma nova tentativa de implementar um outro modelo de Estado através de políticas pública inovadoras.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;font-size:130%;" >No capitalismo o trabalhador é 'livre', trabalha se quiser! Ninguém vai obrigá-lo. Não existe feitor, senhor ou outro qualquer que obrigue. O trabalhador trabalha onde quiser!? O sistema capitalista proporciona a 'liberdade' do trabalhador. Ele não é obrigado a trabalhar, pode escolher. O patrão não pode violentá-lo (bater - castigar) para que execute seu trabalho gerando <i>mais valia<a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote1anc" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1526959224112674149#sdfootnote1sym"><sup>1</sup></a></i> para o capitalista. Passa a existir uma separação entre propriedade dos meios de produção e o meio legítimo da violência ( não pode mais maltratar o trabalhador – vitória importante para a classe trabalhadora. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Como ocorre a expropriação?</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">A população era detentora dos meios de produção no momento em que perde essa condição e passa a, somente, ter a sua força de trabalho para ser colocada a disposição do capitalista. Entram no processo de produção de mais valia, no qual o capitalista se apropria do excedente.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Para que as pessoas aceitem essa nova condição foram desapropriados de seus meios de produção (apoiados pelo Estado que defende a propriedade privada) e desta forma são </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >coagidos a aceitar as novas condições. O </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Estado está baseado nos processos de coerção, ele é o detentor do monopólio da violência. No mundo capitalista a violência é implícita, são formas coercitivas. </span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">Mas como a coerção se manifesta? Porque todos vão diariamente trabalhar e acham normal? Como se deu esse processo? Vender a força de trabalho para outra pessoa é legítimo, normal e natural!?</span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O que ocorre é uma manipulação ideológica com conflitos latentes, ferramentas de dominação ideológica. Entretanto quando estes conflitos se tornam abertos e aparece o momento de coerção do Estado, através de seu aparato policial (representação do monopólio do poder) reprimindo movimentos, greves, manifestações – chegando ao extremo de matar para controlar.</span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">O importante observar que no capitalismo a violência não é explicita. Os conflitos trabalhistas são resolvidos de outras formas.... O controle social através da força cabe ao Estado.</span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="background: transparent none repeat scroll 0% 0%; -moz-background-clip: -moz-initial; -moz-background-origin: -moz-initial; -moz-background-inline-policy: -moz-initial;">No capitalismo a relação social de produção inerentemente antagônica não proporciona a organização social. Não temos uma sociedade, temos de um lado trabalhadores e de outro lado o capital.</span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Onde fica o Estado?</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Neste cenário aparece como terceiro ator - não é capital e também não é trabalho. Esta no âmbito público/político.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Mantenedor das condições que garantam a permanência e a reprodução das relações capitalistas. Possibilitar que no futuro novos trabalhadores se integrem, vendendo sua força de trabalho para os detentores dos meios de produção. É o neutralizador das relações que são antagônica.
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Para entender as Políticas Públicas é preciso ver o Estado, ao longo do tempo, com suas sucessivas agendas decisórias. </span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Qual a possibilidade que temos dentro, deste Estado, de transformar a Economia Solidária e Tecnologia Social em políticas públicas. Quais os obstáculos? Como contorná-los?</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Por fim, os governos democráticos populares na América Latina continuam defendendo os interesses do capital.</span></p> <div style="font-family: arial;" id="sdfootnote1"> <p class="sdfootnote-western"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote1sym" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1526959224112674149#sdfootnote1anc">1</a>Processo no qual trabalhador durante sua jornada de trabalho produz mais do que ele recebe. Esta fórmula funciona a partir da premissa que o valor de mercado (comercialização) é maior que o valor da produção. Essa diferença é apropriada pelo capitalista.</span></p> </div> <p style="font-family: arial;"></p> Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-44565787484890758132009-03-24T15:58:00.000-07:002009-05-01T09:17:41.546-07:00Pesquisa: Políticas Públicas municipais em EcoSol<style type="text/css"><!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="text-indent: 1.19cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Realizei esta pesquisa como atividade do curso de extensão em economia solidária e tecnologia Social. Módulo I -
<br /></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.19cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">O período escolhido para mapeamento e análise será entre 2001 e 2004 – durante o Governo Marta Suplicy, no qual o Márcio Pochmann foi Secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade e foi instituída a Política de combate a pobreza, desemprego e desigualdade.</span></p><p class="western" style="text-indent: 1.19cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } TD P { margin-bottom: 0cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><b>Programa Oportunidade Solidária – Política Pública de Economia Solidária?</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.35cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Acredito que no município de São Paulo não houve de fato uma política pública de Ecosol. O que ocorreu foram (e são) algumas iniciativas governamentais muito tímidas. A Ecosol na Gestão 2001-2004 foi aplicada como ferramenta de inserção produtiva (social) da política de enfrentamento á pobreza, desemprego e desigualdade. Foi estruturado 3 grandes blocos de ações: redistributivos, emancipatórios e desenvolvimento local (HIRATA).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.59cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A política de economia solidária foi alocada na Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade ligada ao bloco emancipatório. A ação desta Secretaria foi estruturada a partir de um comitê plural formado por diversas entidades – empresas privadas, sindicatos de trabalhadores, ong's, outros níveis de governo, universidades e centros de pesquisa. As diversas entidades formaram um conjunto heterogêneo de princípios, metodologias e formas de ação ( CRUZ:2002). </span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.59cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Não sei estimar ao certo o valor alocado na Secretaria, muito menos na Política de Ecosol. As fontes financeiras para execução desta política provinham de recurso do orçamento municipal, da UNESCO, Bancos Públicos Federais e FAO (Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.59cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >A Política de Ecosol estava liga aos demais programas da SDTS, por isso não existia (existe) uma lei específica de incentivo e fomento a economia solidaria. O que passou a existir foi um conjunto de legislações ligadas ao programas desenvolvidos pela SDTS. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >A Lei Municipal nº 13.118, de autoria do vereador Carlos Neder, autorizou a Prefeitura a associar-se à instituição Crédito Popular Solidário e aportar recursos para as operações. Com isto, foi aberto caminho para a implantação do São Paulo Confia. Em agosto de 2001 com a publicação do Decreto Municipal nº 40.890, ocorreu o início do programa São Paulo Confia (HIRATA).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Entretanto os programas emancipatórios - o desenvolvimento de empreendimentos - solidários foram regulamentados através de Portarias:</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Em agosto de 2001 teve início as atividades do Programa Oportunidade</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" > Solidária (Portaria no 003/2001/SDTS-G, de 15 de agosto 2001)</span></p><p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Em Julho de 2001 começou a operar, sem formalização institucional, o programa</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" > Capacitação Ocupacional, e</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" > somente em março de 2002 foi regulamentado através de Publicação da Portaria Nº 22 (HIRATA).</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.46cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Uma ação importante para consolidar a Economia Solidária foi em 2002, quando aprovada a Lei que regulamenta a ação cooperada para coleta de material reciclável. O Decreto Municipal nº 42.290, de 15-08-2002: </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i>Institui o Programa Sócio-ambiental de Cooperativa de </i></span><span style="font-size:130%;"><i>Catadores de Material Reciclável</i>, e dá outras providências. Este programa revê o reconhecimento do direito básico ao trabalho e propõem diversas ações: </span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.46cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> fomentar a formação de cooperativas de trabalho, apoiando as cooperativas de trabalho em suas necessidades técnicas através do aprimoramento de suas atividades;</span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0.5cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> implementação progressiva de coleta seletiva de lixo, por meio das cooperativas de trabalho; triagem e reciclagem do material coletado em unidades regionais, a serem operadas pelas próprias cooperativas de trabalho.</span></p> <p class="western" style="margin-left: 0.05cm; text-indent: 1.4cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Durante o período de 2001-2004 houve rumores que as cooperativas de transporte integrariam o Programa Vai e Volta e que os uniformes escolares seriam feitos pelas cooperativas de costureiras espalhadas pela periferia da cidade. Não consegui nada sobre o nenhum dos temas.</span></p><p class="western" style="margin-left: 0.05cm; text-indent: 1.4cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p><p class="western" style="margin-left: 0.05cm; text-indent: 1.4cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p><p class="western" style="margin-bottom: 0.5cm; font-family: arial;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>Apoio e formação em economia solidária – acesso a crédito, formação técnica - gestão e processos de produção.</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="">A Política de Crédito foi instituída pelo Programa São Paulo Confia, o Relatório </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i><span style="">Indicadores de Monitoramento dos Programas Sociais da Prefeitura de São Paulo</span></i></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style=""> (2001-2002) indica que o Programa de Crédito “</span></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="">realizou 2.339 operações, mais de 2 mil financiamentos voltados à ampliação, reforma ou mesmo abertura de novos negócios em São Paulo". A maioria deles sob liderança feminina, que respondem por 55,8% da carteira do programa”. Os valores empregados entre o período 2001-2002 alcançaram R$ 2,4 milhões. O apoio ao crédito é feito em forma de empréstimo com juros abaixo do mercado (0,48 até 3,9% ao mês).</span></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-top: 0.21cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> No período analisado foi idealizado Centros de Desenvolvimento Local e Solidários, mas não vi registros da concretização desta ação. As ações de formação, qualificação produtiva foram desenvolvidas pelas Incubadoras e Ongs contratadas para esse fim (HIRATA). E na maioria dos casos a Redes de Colaboração Produtiva não ocorreu por falta de articulação entre as diversas instituições (GOMES e ALVES).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >O apoio era oferecido através de cursos de formação, assessoria técnica tanto para esquemas produtivos com também para gestão de empreendimentos. Os cursos e formações foram realizados pelas instituições contratadas (Instituto de Sócio-economia Solidária, ANTEAG - Associação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Autogestão, Cooperativa INTEGRA e ITS - Instituto de Tecnologia Social, ITCP-USP, Catalisa, entre outras).<b>
<br /></b></span></p><p class="western" style="text-indent: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>
<br /></b></span></p><p class="western" style="text-indent: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>Experiência da ACAS </b>(Associação Cultural de Artesãos Solidários)<b> – uma tentativa de Política de Comercialização.</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.48cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P.sdfootnote-western { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-cjk { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-ctl { margin-left: 0.5cm; text-indent: -0.5cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } TD P { margin-bottom: 0cm } P { margin-bottom: 0.21cm } A.sdfootnoteanc { font-size: 57% } --> </style> </p><p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="font-size:130%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWy4Mvr7lOwwRKEgq0ApALFLkWP3fkIlejtnx8kqs0rHpDzlolY5osZqfVMdpSdUEwHG9-gbKpbigAGKdky_DC1XRgS4uSfJAosYYnGdZ5bWCaSloflx5Wewv29rIFx7hC_5DWMHXm_OvX/s1600-h/img_0024+%28Modificado%29.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWy4Mvr7lOwwRKEgq0ApALFLkWP3fkIlejtnx8kqs0rHpDzlolY5osZqfVMdpSdUEwHG9-gbKpbigAGKdky_DC1XRgS4uSfJAosYYnGdZ5bWCaSloflx5Wewv29rIFx7hC_5DWMHXm_OvX/s200/img_0024+%28Modificado%29.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5319481035873581522" border="0" /></a></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >A formação de um grupo de artesãos para comercialização dos produtos, teve inicio no Programa Oportunidade Solidária da SDTS - Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura Municipal de São Paulo em 2004. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >O Grupo foi formado por pessoas produtoras de artesanato. Os Programa Começar de Novo e Bolsa Trabalho forneceram parte dos integrantes. Outros participantes se juntaram ao grupo por, também, serem produtores artesanais.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >“A idéia de criar um centro público de referência para revelar e promover a cultura e o artesanato da cidade de São Paulo e construir uma</span><span style="font-size:130%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Il958tQiSNeAYtWB4xik_cUHj8BvyUi9Ah7aXg4fIt0BR8Z7YN8vW0agiPbck767w0csKwWEz7cwH4dUrjwhU23nv_7IkHf1tXAqdzrH2LhrVu5wlEv_wrsAqR2-fArXDFGO4yM-ohdm/s1600-h/img_0026+%28Modificado%29.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 192px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Il958tQiSNeAYtWB4xik_cUHj8BvyUi9Ah7aXg4fIt0BR8Z7YN8vW0agiPbck767w0csKwWEz7cwH4dUrjwhU23nv_7IkHf1tXAqdzrH2LhrVu5wlEv_wrsAqR2-fArXDFGO4yM-ohdm/s200/img_0026+%28Modificado%29.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5319481835437218210" border="0" /></a></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" > identidade artesanal e cultural da cidade surgiu como necessidade de caracterizar a grande dive</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >rsidade da produção de artesanato, catalisar talentos e potencial de criatividade dos artesãos, </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >nutrir a humanização e favorecer a capacitação dos profissionais do artesanato, bem como possibilitar a geração de trabalho e renda para inúmeras famílias” ( publicado na página da ONG Catalisa</span><span style="font-size:130%;"><sup><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote1anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1526959224112674149&postID=4456578748489075813#sdfootnote1sym"><sup>1</sup></a></span></sup></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >).</span></p><p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >
<br /></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMxXnf9bQcLG9nEXY58U4E4iiaG7-JaNPy0RgIbWYjynFIcOkCb8vRFnFr_21w6DhHaIsmSJEYTw3ZsNAkBYQoi_ztwmUUqyqAgwBllgPgC9Yho91dMCDqDhWmLjce0DHZxp2tW4P0i3AQ/s1600-h/img_0023+%28Modificado%29.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 276px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMxXnf9bQcLG9nEXY58U4E4iiaG7-JaNPy0RgIbWYjynFIcOkCb8vRFnFr_21w6DhHaIsmSJEYTw3ZsNAkBYQoi_ztwmUUqyqAgwBllgPgC9Yho91dMCDqDhWmLjce0DHZxp2tW4P0i3AQ/s320/img_0023+%28Modificado%29.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5319480010061314098" border="0" /></a></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Entretanto a experiência de comercialização só funcionou por intermédio da SDTS ao estabelecer parceria com a empresa Carrefour através do Programa São Paulo Inclui<sup><a class="sdfootnoteanc" name="sdfootnote2anc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1526959224112674149&postID=4456578748489075813#sdfootnote2sym"><sup>2</sup></a></sup>. Após o desligamento do grupo do processo de incubação (final de gestão) não houve continuidade das atividades, o grupo diluiu.</span></p> <div style="font-family: arial;" id="sdfootnote1"> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote1sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1526959224112674149&postID=4456578748489075813#sdfootnote1anc">1</a></span><span style="color: rgb(0, 0, 128);font-size:130%;" ><u><a href="http://www.catalisa.org.br/site/histo-e-realizas-sobre-43/102-historico/839-acas-associacao-cultural-dos-artesaos-solidarios-da-cidade-de-sao-paulo">http://www.catalisa.org.br/site/histo-e-realizas-sobre-43/102-historico/839-acas-associacao-cultural-dos-artesaos-solidarios-da-cidade-de-sao-paulo</a></u></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } TD P { margin-bottom: 0cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p><p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>
<br /></b></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>
<br /></b></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.48cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>Incubadora de empreendimentos e Ongs.</b></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A ideia de um Centro Público em Economia Solidaria não aconteceu, as iniciativas em Ecosol tem sua base em Ongs e Associações e alguns apoiados pela ITCPs. São ações que buscam superar as dificuldades diárias de sobrevivência. Entretanto estes empreendimentos poucas vezes recebem apoio para desenvolver a gestão e processos produtivos, conhecer o mercado consumidor, as fontes financiadoras, os processos coletivos de gestão, etc.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Na cidade existem duas incubadoras: ITPC-FVG e ITPC- USP. A primeira privada e a segunda pública.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >A ITPC-FVG atua junto como o Movimento de Economia Solidária para formulação de políticas públicas, </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >projetos voltados para o desenvolvimento econômico local na perspectiva da Ecosol, promoção da Economia Solidária enquanto modelo de Desenvolvimento Sócio-econômico. Incuba e apóia um conjunto de Empreendimentos de Economia Solidária, articulados em Redes Solidárias de Desenvolvimento Local e faz consultoria para prefeituras. Organiza as Feiras de trocas solidárias. (http://www.itcpfgv.org.br/)</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >A ITPC- USP atua com diversos projetos em todas as regiões da cidade de São Paulo, incubação de empreendimento de alimentação, fortalece e amplia uma rede de agricultores familiares, consumidores, educadores e outros atores sociais, partindo dos princípios agroecológicos, da economia solidária e da autogestão, organiza a rede comercialização de produtores locais. </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Tem por objetivo disseminar, promover e implementar ações que fomentem e fortaleçam o desenvolvimento local solidário como subsídio à geração de trabalho e renda, a organização de empreendimentos coletivos solidários e criando mecanismos para o seu desenvolvimento, entre outras ações.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Além das ITCP, e istem diversas Ongs que mantém iniciativas para o desenvolvimento econômico das comunidades, mas nem sempre conhece os princípios da economia solidária.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.51cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> No ano passado a ong Instituto Consulado da Mulher passa a atuar na cidade de São Paulo com o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico através da economia solidária. Apóia grupos na Zona Sul e Leste da cidade, local com alto grau de vulnerabilidade social. Oferece formação em empreendedorismo, economia solidária, gênero, rede para comercialização de produtos, etc.</span></p> </div> <div style="font-family: arial;" id="sdfootnote2"> <p class="sdfootnote-western"><span style="font-size:130%;"><a class="sdfootnotesym" name="sdfootnote2sym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1526959224112674149&postID=4456578748489075813#sdfootnote2anc">2</a>Material de divulgação do Programa/empreendimento.</span></p> </div> <p class="western" style="text-indent: 1.48cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p><p class="western" style="text-indent: 0.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>Pessoas atingidas e empreendimentos consolidados – Remuneração pelo trabalho. </b></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.72cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Ao analisar a tabela abaixo é possível assinalar que houve uma maior organização de empreendimentos individuais do que coletivos (entre 2001-2002), embora estes conseguissem mobilizar muitos mais pessoas. Pelos dados apresentados na tabela a média mensal em volume monetário é de R$166,79 per capta, para ambos os casos (?).</span></p><p class="western" style="text-indent: 1.72cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Em 2004, em material de divulgação do Projeto Oportunidade Solidária indicava para um total de 229 empreendimentos formados.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>
<br /></b></span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><b>Os trabalhadores dos empreendimentos. </b></span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.43cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >O Programa Oportunidade Solidária acolheu parte dos beneficiários dos Programas Redistributivos (Começar de Novo e Bolsa Trabalho) e também do Capacitação ocupacional. O relatório dos </span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i><span style="">Indicadores de Monitoramento dos Programas Sociais da Prefeitura de São Paulo</span></i></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style=""> (2001-2002) </span></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style=""> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >aponta que 59% dos participantes do Programa Oportunidade Solidaria eram mulheres na busca da emancipação econômica. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >A política da forma que foi desenhada é uma proposta propositiva, busca fomentar novos empreendimentos, dinamizando o processo econômico da cidade.</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-weight: bold; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-weight: bold;">Trabalho de pesquisa e avaliação da Política Pública de ECOSOL.</span>
<br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.72cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Em 2002 foi elaborado um relatório dos</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" > I</span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i><span style="">ndicadores de Monitoramento dos Programas Sociais da Prefeitura de São Paulo;
<br /></span></i></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.72cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.72cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >CRUZ, Antônio. Uma Contribuição Critica ás Política Pública de Apoio a Economia Solidaria. ITCP/UNICAMP. </span> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.38cm; margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Analisa a Política de Econômia Solodária a partir de duas experiências o programa desenvolvido pelo município de São Paulo e pelo Estado do Rio Grande do Sul.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="">GOMES , M.V P. e ALVES, M. A. </span></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i><span style=""> O Programa Oportunidade Solidária e a Emancipação: uma visão crítica</span></i></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="">. FGV/EAESP. </span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.32cm; margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Apresenta uma análise do programa questionando se de fato havia condições para a emancipação devido ao desenho do projeto e estar atrelado a programas redistributivos e a falta de espaços para participação popular.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="">HIRATA, Maria Regina. Renda Mínima em </span></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i><span style="">São Paulo: o que a experiência paulistana (2001-2004) pode ajudar na reflexão sobre os programas de transferência de renda monetária brasileiros?</span></i></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style=""> Tese: Mestrado. UNICAMP- Instituto de Economia. Orientador: Dr. Pedro Luiz Barros Silva. 2006. </span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.27cm; margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >O trabalho apresenta as estratégia pública de enfrentamento da pobreza, do desemprego e da desigualdade na cidade de São Paulo. Como parte integrante da Política de Redistribuição de Renda entre 2001-2004.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="">MARCONSIN. A. Fernandes. </span></span></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><i><span style="">A Política Pública de economia solidaria, uma política em construção</span></i></span><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" ><span style="font-style: normal;"><span style="">. Tese Doutorado. UNICAMP – Faculdade de Educação. Orientador: Newton Antônio Paciulli Bryan. Cap. 6 - A política Pública de Economia Solidaria desenvolvida no Município de São Paulo. </span></span></span> </p> <p class="western" style="margin-left: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);font-size:130%;" >Este trabalho é um Mapeamento das diversas ações dos governos para promover e economia solidaria nas esferas federal, estadual e municipal.</span></p> <p style="font-family: arial;"></p><p class="western" style="text-indent: 1.19cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> </p> Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-66499309650614729572009-03-22T05:07:00.000-07:002009-06-22T17:19:49.204-07:00Pão e Rosas - autogestão.<span style="font-family: arial;font-size:130%;" >O Felipe enviou um questionamento.<br /><br />" A economia solidária em geral defende o exercício da autogestão no local de trabalho como parte do processo de emancipação do trabalhador, análise com a qual eu concordo bastante. No entanto é importante que mantenhamos um olhar crítico e nos perguntemos, se aqueles trabalhadores daquele prédio se organizassem como uma cooperativa de limpeza realmente autogestionária estariam então emancipados ou mesmo sentiriam prazer em seu trabalho? Aliás, é possível a autogestão no ramo de prestação de serviços? especialmente os de baixo valor agregado como a limpeza? Na minha opinião é importante que pensemos a autogestão no local de trabalho como processo de formação de consciência crítica, com um objetivo de transformação maior, e não como um fim em si mesmo. O que vocês acham?"<br /><br /><br /></span><span style="font-weight: bold; font-family: arial;font-size:130%;" >Auto gestão como princípio emancipador</span><span style="font-family: arial;font-size:130%;" ><br /><br /><br />A relação de prazer com o trabalho esta fortemente ligado ao conjunto de valores e situações vividas. Nada adianta ser cooperado, associado e não ter a atividade produtiva organizada de forma diferente do modelo de capitalista (fordismo/toyotismo .... maximizar lucros e maximizar custos - trabalhadores), que impede a relação de mediação homem-natureza de ocorrer.<br /><br />A Forma que será feita a atividade produtiva (trabalho) é muito importante. A produção sem consciência (alienada) reifica as relações humanas, tudo passa a ser é mediado por valores econômicos, status e individuação. Esse processo valoriza o culto a privacidade e a idealização de um indivíduo abstrato.<br /><br />Fiquei pensando sobre a autogestão no ramo da prestação de serviços e o que foi difícil assimilar é como ter autonomia nas decisões se sirvo aos interesses capitalista. Acredito que somente com a substituição destes mecanismos capitalistas de organização do trabalho é que acontecerá a autogestão. A substituição destas formas de produção que aparece como gargalo da questão.<br /><br />Como fazer para que as coisas caminhem de outra forma? Como propor uma organização da atividade produtiva não alienante e ao mesmo tempo que possa sobreviver ao massacre capitalista?<br /><br />Existem algumas iniciativa de produção artesanal que se propõe a essa outra relação, na qual o produto é o resultado da relação homem-homem / homem-natureza. Busca -se a construção de modelos que rompam com os fatores estritamente econômicos, levando em conta as relações de reciprocidade, abrangendo aspectos sociais e políticos, processos participativos e modificações nas relações de gênero.<br /><br />A maior parte da produção artesanal é realizada por grupos ou indivíduos que são autogestionários o que possibilita formas de produção não alienada, mas mesmo assim tende a ser engolida pelo sistema capitalistas. Vejam só:<br /><br />MARINHO argumenta que a organização da produção artesanal são esquemas produtivos diferenciados. A essência do trabalho artesanal e aprendizagem das técnicas de produção estão ligadas as antiga formas de transmissão de conhecimento – mestre e aprendiz. Muito mais do que ensinar habilidades e técnicas o Mestre-artesão transmitia a seus aprendizes seus valores, princípios e sua forma de relacionar-se com o mundo. Essa relação mestre-aprendiz possibilitava a acumulação de valores compartilhados, necessários para o fortalecimento dos laços comunitários.<br /><br />Esses empreendimentos tem um distanciamento da forma tradicional (fordista/taylorista) de produção. As principais características da produção artesanal é que esta é, fundamentalmente, uma expressão subjetiva de quem faz. Sempre em pequena escala, com pequenas diferenciações entre as peças e processos produtivos completos (concepção e elaboração). As peças artesanais são analisadas por sua utilidade e funcionalidade e precisam ser acessíveis e também tangíveis.<br />Entretanto esta atividade nem sempre tem plena inserção produtiva (retorno sócio-econômico).<br /><br />Para que isso ocorra é necessário dialogar com o sistema capitalista, estar sintonizado com os sistemas de comunicação e a outros setores econômicos: turismo, cultura, moda, decoração e tecnologia. Necessita investimentos na formação e aprimoramento das técnicas produtivas para uma melhora na qualidade do produto, e também colocar o produtor em conexão com informações econômicas e de mercado, é necessário profissionalizar o artesão (MARINHO). Ou seja, moldá-lo para se enquadrar nos sistema de produção e consumo de mercadoria, o que traz mais produtividade, reduz custos, se adequá melhor aos interesses de um mercado, tão abstrato quanto o indivíduo reificado.<br /><br />Mesmo esse tipo de produção (artesanal) baseados em laços comunitários e familiares não resiste ao processo de dependência do mercado capitalista. Fico a imaginar quais seriam as possibilidades dos faxineiros, lixeiros que nem sempre são os proprietários dos meios de trabalho e o realizam em local alheio e estão a todo momento sujeito as vontades e ordens externas. Como praticar a autogestão, como determinar sua atividade produtiva– não alinhado pela necessidade e as regras das corporações econômicas?<br /><br />Referencia:<br />MARINHO, Heliane. Artesanato: tendências do segmento e oportunidade de negócio.</span>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-29967707283798954322009-03-22T05:00:00.000-07:002009-06-22T17:18:42.685-07:00Pão e Rosas - Invisibilidade<span style="font-family:arial;font-size:130%;">O filme marca bem a situação da invisibilidade relacionada com sua posição social, com sutileza e visão crítica. A pesquisa de </span><span style="font-size:130%;"><a style="font-family: arial;" href="http://www.midiaindependente.org/eo/blue/2003/06/256174.shtml">Fernando Braga da Costa</a></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;"> trata desta questão.</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Mas aqui chamarei a atenção para outro ponto: formas de romper a invisibilidade.</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Não sei se foi uma viajem muito grande da minha cabeça, mas esta única cena fez fluir muitos questionamentos, talvez seja por considerar os processos educativos (de aprendizagem, conhecimento....) muito importante para a emancipação do ser humano.</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Descreverei uma cena:</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Maya aprende a limpar os frisos da porta com um colega de trabalho. Passam alguns executivos como se ali não houvesse ninguém. Neste momento ocorre o comentário: - Quando usamos este uniforme nos tornamos invisíveis.</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">A princípio esta fala aparece apenas como se essa fosse uma das lições que o trabalhador deveria aprender. A questão a ser apontada nesta cena é a consciência que este trabalhador tem da sua posição social. </span><span style="font-size:130%;"><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">O diferencial deste trabalhador é que ele está prestes a entrar na universidade, com auxilio de um programa de bolsa de estudo, mantido por um grupo de imigrantes bem sucedido (!).</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Então podemos concluir que este trabalhador teve acesso a processos que proporcionaram uma percepção da realidade diferente da percepção dos outros trabalhadores. O personagem busca uma forma para se sobrepor a esse sistema de humilhação, uma busca individual...</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Ato de solidadriedade ou solução individual?</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Personagem principal rouba para pagar a matrícula do amigo na universidade. Os motivos que a levam a fazer esse ato foram: a culpa pela demissão do colega (que não se envolveu na manifestação) e também por saber que entrar na universidade era o sonho do amigo (?).</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Entretanto, ao meu entender os dois personagem adotaram uma solução individual para soluções de problemas que são coletivos – sociais (sócios).</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">1 - Entrar na universidade (acesso a educação) para passar ao andar de cima (melhores condições de vida ...)</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">2 - Roubar (ir contra as regras do jogo, colocar-se em situação ilegal) para ajudar o colega a não perder a oportunidade de sair da situação vivenciada.</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">Uma tentativa de ação coletiva:</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">1- participar do movimento, dividir a visão crítica da realidade com outros colegas, proporcionado a eles possibilidade de se conscientizarem das alternativas de soluções.</span><span style="font-size:130%;"><br /><br /></span><span style="font-family:arial;font-size:130%;">2 - Procurar Sam (o que tinha o maior salário) e os outros colegas para faze a 'vaquinha' e garantir a matrícula.</span>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-29244377772752127992009-03-22T04:38:00.000-07:002009-06-22T17:20:52.079-07:00Pão e Rosas - trabalho precário<span style="font-family: arial;font-size:130%;" >Mariana abre o debate
<br />
<br />" Para iniciar esse debate, poderíamos partir das seguintes reflexões: a mundialização do capital e suas “implicações” no mundo do trabalho foram nefastas para os trabalhadores? Como eles resistiram? No Brasil, como os mais precarizados dos precarizados (terceirizados em geral –
<br />faxineiros, porteiros, etc catadores...) vivenciam as questões levantadas no filme? Trata-se de uma realidade parecida?"
<br />
<br /></span> </title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="text-indent: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Assisti o filme e gostei muito da forma que os temas foram abordados. Fizeram um filme de luta, não apenas de denúncia. Demostra a conquista de desafios e a superação de uma condição de humilhação.</span></p><p class="western" style="text-indent: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Vou fazer alguns comentários, por partes. </span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.3cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Primeiramente falarei sobre a precarização do trabalho, buscando fazer um correlação com a América Latina. Depois em outra mensagem tratarei de outros temas.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A precarização das condições de trabalho aparece relacionada com a imigração de força de trabalho para ocupar posições desvalorizadas socialmente.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Os imigrantes se deslocam em busca de trabalho, melhores condições de vida, e até mesmo para sobreviver. Buscam o sonho de encontrar o lugar melhor. Lugar este, que vende a idéia de que trabalhando é possível juntar dinheiro. Também existe a negação da sua existência, quando a busca é por esquecer a sua realidade, a sua terra que tanto o maltrata para consumir um modelo de sociedade que se abastece do individualismo, da vitória individual.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Trazendo a reflexão para a América Latina é possível citar a imigração de mão de obra para a produção têxtil – principalmente Moda para a classe popular. Nas confecções (e oficinas de costura) no Brás / Bom Retiro mulheres (em sua maioria), boliviana e coreanas, trabalham em condições de escravidão, pois ganham para comer, estão em situação ilegal e ' na mão' dos “empregadores” (ver: LEITE, páginas 13 e 14; e reportagens na net).</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> No Brasil, como foi retratado no filme, os gerentes / empregadores são imigrantes que por realizarem o processo de exploração para seus patrões assumem posição de mando e controle. Podemos (como já comentado anteriormente) compará-los aos conhecidos Capatazes/ Feitores, muito úteis para o sistema escravocrata (ver: LEITE, p.13)</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Este grupo de trabalhadoras imigrantes disputam o 'mercado' com mulheres das regiões periféricas da cidade, desta forma a qualidade das condições de trabalho e a remuneração cai drasticamente (ver: LEITE, p. 15). </span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> Márcia Leite, em sua pesquisa revela as condições de trabalho precário no mundo da industria de confecções de Moda. O acelerado processo de terceirização do trabalho e também do trabalho realizado 'livremente' na residência. Situação que faz com que o trabalhador assuma todo os custos da produção ( Luz, local, água). O controle dos meios (equipamentos – máquinas) muitas vezes são dos contratadores que emprestam (cedidas) para a realização do trabalho.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> A pesquisa é muito rica em informações, desde o setor de confecções no brasil até a discussão da organização do trabalho nas oficinas de costura e o trabalho em domicílio, local em que o trabalho é mais precarizado.</span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"> LEITE, Maria de Paula (UNICAMP). <b>Tecendo a Precarização: Gênero, Trabalho e Emprego na indústria de confecções em São Paulo</b>. Trabalho apresentado no XXVIII Encontro Anual da ANPOCS – ST - Trabalho, sindicato e os desafios do desenvolvimento. 2004.</span></p><p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"> <meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"> <title></title> <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> </p><p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">Algumas reportagens sobre o tema:<a href="http://www.usp.br/agen/UOLnoticia.php?nome=noticia&codntc=21276">
<br /></a></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><a href="http://www.usp.br/agen/UOLnoticia.php?nome=noticia&codntc=21276">http://www.metodista.br/cidadania/numero-26/imigrantes-bolivianos-vivem-como-escravos-em-sao-paulo</a></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><a href="http://www.usp.br/agen/UOLnoticia.php?nome=noticia&codntc=21276">http://www.usp.br/agen/UOLnoticia.php?nome=noticia&codntc=21276</a>
<br /></span> </p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;"><a href="http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=652">http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=652</a></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p><p class="western" style="text-indent: 1.16cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; font-family: arial;" align="justify"><span style="font-size:130%;">
<br /></span></p><span style="font-family: arial;font-size:130%;" >
<br /></span>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-8365006657271159142009-03-22T03:58:00.000-07:002009-05-22T15:32:04.716-07:00Primeiro encontro<span style="font-family: arial;font-size:130%;" >Em fevereiro recebi um e-mail solicitando a confirmação de interesse para a matrícula e o encaminhamento dos documentos necessários.<br /><br />O primeiro encontro foi dia 7 de março.<br /><br />Chegar em Campinas foi um longo caminho, 3h e meia.<br /><br />Para fazer as atividades do curso existe um 'site' - <a href="http://teleduc.nied.unicamp.br/%7Eteleduc/pagina_inicial/index.php?">Teleduc</a>, no qual através de 'login' temos acesso a página do grupo.<br /><br />Neste encontro os coordenadores do curso fizeram um apresentação dos objetivos e prazos. Falaram dos conteúdos e mostraram como usar o 'site'. Os monitores se apresentaram e tivemos contato com os colegar 'virtuais'.<br /><br />A Dinâmica do curso será a seguinte: a cada semana (domingo a sábado) teremos uma nova atividade a ser realizada e colocada a disposição (no 'site') conforme orientação dos coordenadores / monitores.<br /><br />Para esta primeira semana a atividade é assistir o Filme e fazer um debate virtual via fórum de discussão.<br /><br />O Filme: Pão e Rosas - do diretor britânico Ken Loach.<br /><br /><br />recebi várias publicações sobre o tema:<br /><br /></span><span style="font-style: italic; font-weight: bold; font-family: arial;font-size:130%;" >Políticas públicas municipais - o desafio do desenvolvimento local</span><span style="font-family: arial;font-size:130%;" >.<br />Márcio Pochmann (org). SãoPaulo. DataSol. 2007.<br /><br /></span><span style="font-weight: bold; font-style: italic; font-family: arial;font-size:130%;" >Acompanhamento e Avaliação do Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares - Proninc: relatório dos seminários e oficinas</span><span style="font-family: arial;font-size:130%;" >.<br />Pedro Cláudio C. B. Cunha e Ana Paula M. Varanda. Rio de Janeiro. FASE. 2007.<br /><br /></span><span style="font-weight: bold; font-style: italic; font-family: arial;font-size:130%;" >Diagnóstico e Impactos do programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas populares.</span><span style="font-family: arial;font-size:130%;" ><br />Pedro Cláudio C. B. Cunha e Ana Paula M. Varanda. Rio de Janeiro. FASE. 2007.<br /><br /></span><span style="font-weight: bold; font-style: italic; font-family: arial;font-size:130%;" >O Fetiche da Tecnologia - a experiência das fábricas recuperadas.</span><span style="font-family: arial;font-size:130%;" ><br />Henrique T. Novaes. São Paulo. Expressão Popular. 2007.</span>Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-4399676690111246202009-03-22T03:24:00.000-07:002009-05-22T15:30:52.734-07:00O Novo BlogDevido os rumos que a vida tomou percebi a necessidade de voltar a estudar, estudar sério. Resolvi procurar um curso de pós-graduação. Entretanto a dificuldade era achar algo que dialogasse com o meu cotidiano, meu trabalho e minhas espectativa de futuro.<br /><br />Fiz um pesquisa nas universidades e também perguntei à alguns amigos se eles sabiam de algo - Desenvolvimento local e/ou Economia Solidária.<br /><br />Muitas respostas e poucos achado. No fim do ano (2008), novamente, fiz uma busca na NET sobre cursos nesta área. Foi então, que achei!<br /><br />"Curso de Especialização em Economia Solidaria e Tecnologia Social na América Latina"<br /><br />Curso Semi–Presencial, 4 Módulos de 90 h, 180 horas presenciais e 180 horas à distância. Acontece aos sábados, uma vez por mês, em Campinas, na Unicamp.<br /><br />Estava no site da <a href="http://www.facesdobrasil.org.br/component/content/article/6-comercio-justo--economia-solidaria/116-curso-de-especializacao-em-economia-solidaria-e-tecnologia-social-na-america-latina.html">"Face do Brasil"</a> - por um comércio Justo e Solidário.<br /><br />Fiz minha inscrição e encaminhei carta justificando a minha participação, tudo isso em dezembro. O resultado da Seleção foi somente no final de fevereiro.Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526959224112674149.post-15337358973665369232009-03-22T03:00:00.000-07:002009-06-22T17:21:40.593-07:00 <meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 2.4 (Linux)"> <style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="text-indent: 1.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Senhores (a), </p> <p class="western" style="text-indent: 1.4cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Meu interesse pelo curso de especialização em economia solidária e tecnologia social está relacionado às minhas necessidades de trabalho no momento. Desde de fevereiro (2008) fui para o Instituto Alana para desenvolver um trabalho - no grupo sócio educativo - com mulheres da comunidade visando a geração de renda e trabalho.</p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> A princípio a Instituição solicitou uma formação técnica em costura para que as mulheres pudessem trabalhar nas confecções (Brás - Bom Retiro, ou em oficinas de costura instalada na região). Foi ponderado com a Coordenação as condições de trabalho neste setor, o alto índice de informalidade e sazonalidade e proposto uma ação que visaria não somente a profissionalização, mas principalmente o desenvolvimento da autonomia, da solidariedade, da coletividade e de novos postos de trabalho na comunidade. </p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Sempre tive interesse por essa temática, já li artigos e conheço algumas redes. Entretanto sinto falta de um maior domínio sobre o assunto e dialogar sobre estas experiências com outras pessoas. </p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Acredito que esta formação poderá contribuir em minha atuação e no desenvolvimento do grupo.</p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify"> Se vocês quiserem podem visitar o caderno de campo (virtual) no qual registrei o desenvolvimento do grupo: <a href="http://caderno-campo1.blogspot.com/">Costurando uma nova realidade</a> <span style="text-decoration: underline;"></span><span style="color: rgb(0, 0, 128);"><u><span style="">
<br /></span></u></span></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="justify">
<br /></p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; text-decoration: none;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);">Grata, </span> </p> <p class="western" style="text-indent: 1.22cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%; text-decoration: none;" align="justify"> <span style="color: rgb(0, 0, 0);">Luciana Bolognini</span></p> Luciana Bologninihttp://www.blogger.com/profile/05761674684921548711noreply@blogger.com0